Ganhei genros, noras, netos, vidas... Hoje me
sinto bem, agradeço todos os dias por tudo que a vida me dar, até mesmo os
percalços. Fui ultimamente mais uma vez convidada a participar de vidas que eu
sabia que estão na minha não por acaso. Fiz o que tinha que ser feito, abri mão
novamente de projetos pessoais para realizar projetos e sonhos dos que eu amo e
respeito. Acredito que um dia irei ser julgada pelo que fiz e pelo o que não
fiz, porque negligenciei. Aprendi que a felicidade e construida dia a dia, todos os dias sempre.
Em 2010
realizei o batizado do meu filho mais novo, agora eu me sinto bem e com a
certeza do dever cumprido em relação à igreja. Não me sinto mais devedora. Coisas
minhas!
Meus filhos
cresceram cada um sabe o que penso e pratico em se tratando de fé, religião. Todos
são batizados na igreja católica, tem até filho que se batizou em outra igreja
e depois descobriu que não era o que queria. Respeitei! Tenho um filho que não
quis fazer primeira comunhão, respeitei. Todos conheceram a doutrina espirita e
lá nos seus íntimos estar plantada a semente, sei que na hora certa ela vai
brotar. Todos tem liberdade de credo e eu respeito. Recentemente fui chamada mais uma vez para cumprir uma missão e fiz. Fui até o fim e no final perdi,
chorei. Quando tudo acabou eu estava exaurida. Fiquei de luto, em luto, com
luto. Mas com a certeza que fiz o que a vida, Deus me enviou. E a vida seguiu e como sempre fui sendo
arrastada, pois ainda me sentia fraca e triste, mas tinha que seguir. A única
coisa que me fortalecia e que no final me deu animo para me reerguer, era a confiança
em Deus e a fé na vida após a morte, que agora eu tinha e sabia que era
verdadeira e real. Eu sempre ouvira falar e até estudei na casa espírita sobre os
anjos em especial os anjos da guarda. Os católicos acreditam em anjos da
guarda. O espiritismo também fala nos anjos da guarda ou guia espiritual. Eu
particularmente nunca dei muita importância para tal fato, mas sempre soube
deles. Nunca nem procurei saber o nome de meu anjo ou guia, como queira. Acho
que essa experiência foi uma prova, um alerta!
Bom, um dia
fui à casa de minha filha que mora em bairro distante do meu.
Quando voltava para casa fui atropelada por uma moto eu lembro que quando vi a
moto vinda em minha direção pensei, “pronto vou morrer, tudo acabou”. Até hoje
me pego pensando naquela cena e sinto medo. Quando vi que ia ser atropelada eu
virei de frente e seguindo meu impulso eu ergui meus braços e tentei parar a
moto. Nossa! Não é que parei! Lembro que cai e meu corpo foi rodado como um pião
e em seguida levantei e num gesto de pavor passei minhas mãos sobre meu tórax e
pernas e percebi que não tinha nada quebrado. Olhei em volta vi a moto, o
motoqueiro e sua carona jogados no chão. Ninguém, ninguém tinha nada quebrado.
O motoqueiro quis brigar comigo, mas eu não tinha culpa ele que não diminui a
velocidade e não parou. As pessoas que assistiram o fato ficaram espantadas
como aquilo tinha acontecido, pois eu era pra ter sido jogada pelo menos a uns
três metros de distância da moto. Não rasgou a roupa, não quebrou nenhum osso,
o cordão muito fino que uso com a medalha de Nossa Senhora Aparecida também não
quebrou, não quebrou o relógio em fim tudo estava no lugar, apenas algumas
escoriações no pé direito e um grande susto. Mesmo assim fui ao Pronto Socorro
e tirei vários Raios X, nada constava e o médico ainda disse que eu tinha tido
sorte, pois sempre acidente de motos dá algum osso quebrado. Será que foi
sorte? Cheguei em casa sentindo apenas dores pelo corpo. Os dias passaram as
dores aumentaram, tomei a medicação e fiz o que médico mandara descanso e
fisioterapia (coisa que eu detesto). O que mais me incomodava era o susto que
eu levara e a vergonha de mim mesma diante da vida, eu tinha levado um sopapo
um chaqualhaço como que “acorda” eu estou aqui, vive, segue... Um dia rezei,
rezei muito, contei para meu esposo o que estava acontecendo e o que eu sentira
de verdade quando aconteceram os fatos. Disse a ele que parecia que eu tinha
sido segurada no meio da rua e que quando eu pensei que ia morrer eu ouvi bem
alto e em tom bem claro “Nããooo!”. Aquilo tinha me perturbado e eu sofria há
dias por que não tinha coragem de dizer a alguém o que tinha acontecido. Tinha
medo de ser interpretada mal e o que poderiam pensar de mim. Na noite que
contei tudo ao meu esposo e que desabafei chorando muito, depois fiquei calma,
rezei e pedi a Deus Pai Todo Poderoso que Ele me mostrasse em sonho ou me desse
um sinal de que eu não estava ficando louca é que eu estava tendo a sensação de
que “alguém ou algo muito poderoso tinha tocado em mim”. Eu precisava saber se
era o meu anjo da guarda, pois nem o seu nome eu sabia. Naquela noite eu dormi
bem, depois de tanto tempo quase seis meses eu dormira o “sono dos justos”.
Sim, eu pensara nele, no anjo, no meu anjo da guarda.
Quando acordei
não lembrei se tinha sonhado, mas a primeira palavra que me veio à cabeça foi
Sião. Sim, esse é o nome do meu Anjo da Guarda, foi assim que foi revelado meu
anjo e seu nome. Posso dizer que ainda hoje não somos muito íntimos, ainda
estou aprendendo a conviver com algo muito lindo, poderoso, que me respeita,
pois tenho meu livre arbítrio. Já o pedi perdão por ter sido tão negligente . Sei que ele não se importa com isso, é um espírito de luz, superior a mim, jamais
vai se importar com sentimentos menores. Ele se importa sim, comigo e sei que sempre
vai estar por perto quando eu o solicitar. Deus na sua misericórdia e sabedoria
infinita determinou esses seres de luzes para nos auxiliar nos momentos de
necessidades temporárias. É o que acredito. Hoje sigo em paz comigo mesma e com
as pessoas que convivem comigo. Acredito que encontrei a paz interior que eu
tanto procurava, sinto-me feliz e realizada em relação à fé, religião, força do
pensamento, Deus, Jesus e respeito todos que pensam ou praticam alguma
religião, doutrina sei mais o quê diferente de mim. Não sou dona da verdade.
Aliás, acredito que a verdade não é deste mundo, pois o homem ainda não
encontrou a perfeição. Nunca deixei de ser católica, acredito que os problemas não estar nas religiões e sim em nós. Apenas precisamos ter conhecimentos para viver e por em prática esses conhecimentos.
Acredito que
viemos ao mundo para sermos felizes e para isso devemos semear bons frutos.
Acredito que
colhemos o que plantamos e se usamos boas sementes a colheita será boa.
Acredito na
evolução do espírito através da reencarnação.
Acredito que
sem caridade não há salvação.
Hoje não
questiono mais QUEM EU SOU? DE ONDE VIM?
PARA ONDE VOU?
Minha meta
todo dia é “Orai e vigiai”.
Hoje pratico o
Catolicismo, acredito em Deus Pai. Mas não naquele Deus vestido de branco
sentado em uma nuvem e de lá jogando raios na cabeça de uns e de outros não.
Acredito que Deus não castiga e somos nós que nos punimos com nossas escolhas
erradas.
Hoje sei que a
pergunta deve ser feita sobre Deus é “O que é Deus?” E não, “Quem é Deus?”.
Acredito em
Jesus Cristo homem e divino que veio a Terra para cumprir uma missão e que
Ele é um espirito de Luz enviado para tomar conta de nosso planeta. Acredito
na sua santidade, mas não tenho nenhum problema em saber dos fatos de Jesus
histórico. Acredito no espírito de Maria mãe de Jesus, acredito que ela teve
sua missão cumprida que foi dar a luz ao filho de Deus, mas não tenho nenhum
problema em saber que Maria foi mãe de Jesus aos dezesseis anos e em uma época
que a mulher era desprovida de tudo em relação à saúde feminina e direitos. Por
isso esse respeito e amor a ela, que vendo seu filho sendo julgado, condenado,
massacrado, não pode fazer nada e mesmo de longe o amou até o seu último
instante na cruz. Acredito em fatos e fatos que estão escritos no livro sagrado,
a Bíblia, acredito que os profetas foram espíritos consagrados por Jesus e
enviados por Deus para escrever, relatar fatos sagrados. Mas não tenho nem problema
em saber que muitas coisas foram mudadas ao serem traduzidas de uma língua para
outra, até chegar aonde chegou.
Acredito e
pratico o Espiritismo e que somos espíritos em evolução.
Escolhi o
Espiritismo como filosofia de fé e vida, amor, verdade, sabendo que vivemos num
mundo de Causas e Efeitos. Gosto do espiritismo por que ele me explicou
perguntas que eu questionava e só lá encontrei. O espiritismo é uma religião
que é pra todos. Mas nem todos estão preparados para viver o espiritismo. Pois
ele diz, que você é o seu maior inimigo. Sei que eu tenho dentro de mim duas forças poderosas, o Bem
e o Mal, vai vencer quem eu mais alimentar.
ESPIRITISMO:
Ciências, Filosofia, Religião.
Ciência estuda
e prova todos os “milagres”. Como também estuda e demonstra e entende a vida
como ciências.
Filosofia: é a
procura do homem pelo “EU”. Quem eu sou? De onde eu vim? Para onde eu vou?
Religião: As
Ciências e a Filosofia leva o homem a creditar que tem uma “inteligência Maior
e Superior”, que rege todo o Universo. Um princípio de tudo. “DEUS”.
RELIGIÃO – É o
religamento do homem a Deus.
Depois de
muito tempo e sofrimentos posso dizer, mais de vinte anos, hoje encontrei a Paz e vivo
o Deus que eu acredito amo e coloco em pratica os ensinamentos de Jesus.
Acredito que julgar seja lá quem for por sua escolha de religião de fé é uma
falta de respeito muito grande. Em pleno século vinte e um ainda se mata e
morre por causa de credos. Tudo por intolerância. Acredito que cada um estar
onde deveria estar como dizem meus filhos “cada qual no seu quadrado”. Por isso
eu não dou mais importância às indiretas ou até diretas direcionadas a minha
pessoa, eu escolhi minhas crenças e hoje sem medo eu afirmo: Acredito com a
Razão e oro com o Coração. Sempre que possível vou à igreja, gosto de cantar
seus hinos, rezar em conjunto, ouvir o Sermão (agora com a mente aberta) quando
me ajoelho diante de alguma imagem de santo ou até da cruz em que estar Jesus,
não estou adorando uma imagem e sim, fazendo reverência a lembranças daquele ou
daquela pessoa que um dia veio e cumpriu sua missão e é perpetuado por nós.
Gosto de ir ao Centro Espírita, ouvir músicas calmas, serenas, em volume baixo,
de ver amigos e conversar, ouvir as palestras (que quase sempre acho que é direcionada
para mim) da filosofia, dos questionamentos, dos porquês das coisas. Todos os
dias faço minhas orações e as que mais gosto é a do Pai Nosso e da Serenidade.
Sou feliz vivendo assim! E não incomodo ninguém para me seguir ou afirmar que eu estou certa e que minhas religiões vão me salvar, sei que religião não salva e sim minha conduta diante de meu semelhante colocando em pratica o que Jesus ensinou, pois Ele é o modelo. Uma vez li uma
frase de Gandhi e nunca mais esqueci e que me ajudou a dizer e não mais esconder o que sou:
“Acreditar em algo e não coloca-lo em pratica é covardia”. Sempre digo aos mais
próximos e que viram minha busca, minhas escolhas: “Eu não mudei de religião!
Ao contrário acrescentei mais uma e fortaleci minha fé”. Eu vivo minha fé! Por isso
acredito que Religião, é uma questão de escolha, fé... Você decide!
Texto de Francisca Uchôa Souza.
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