Sem fogos e festejos (sem pão e circo), a Biblioteca foi novamente reaberta e finalmente entregue ao público amazonense. O prédio estar bonito e bastante atualizado, uma mistura de passado com o presente na expectativa de seguir sempre para o futuro.
Uma reforma que
valoriza muito sua história e a qualifica mais para a atualidade e as
necessidades de uma vida moderna e contemporânea.
Valorizando e
eternizando personalidades importantes de nossa vida cultural a Biblioteca
nomeia e fundaliza espaços com nomes de peso.
Uma breve
discrição do novo espaço, mas garanto que o bom mesmo é fazer uma visitação sentir
de perto todo aquele valor cultural e educacional.
O Hall de
entrada - além da bela escada em granito não polido, há o piso em ladrilho hidráulico
policromado, tudo em conservados e originais. Vi algo muito prático e bom uma
máquina que contém livros de vários autores e valores, basta escolher, colocar
as cédulas e pronto! Você tem em mãos um livro! Também vi uma caixa em acrílico
lá pode ser depositados a doações de livros e revistas. Neste espaço e feito um
cadastramento e assim é permitido o uso do espaço, guardando bolsas, pacotes,
sacolas, mochilas em armários com chave ficando em poder do dono do guardado.
A Administração
- fica no subsolo no lado da Av. Sete de Setembro, administrando e coordenando todos
os Acervos e Serviços.
Ala Direita /
Norte - Subsolo - estar disposto, Escritório de Direitos Autorais e o Escritório
do Depósito Legal.
PISO TÉRREO
#Thalia Phedra Borges dos Santos - que mesmo
não sendo amazonense prestou serviços aqui como o de Professora na rede pública
e mereceu méritos, o Salão da Ala Direita/ Norte da Biblioteca recebe seu nome.
#Genesino Braga
- outro que mesmo não sendo filho da terra, amou, respeitou trabalhou e
valorizou a terra que o acolheu, deixando marcas na nossa história (sendo
inclusive diretor da Biblioteca Pública do Estado). Merece mais do que nunca
uma bela e rica homenagem tendo seu nome marcado na Ala Esquerda do Salão/Sul.
ANDAR SUPERIOR
Neste andar o
que mais se destaca antes de chegar aos salões, já a escadaria é a obra de
Aurélio Figueiredo, sob o título de Redempcão do Amazonas, com uma bela moldura
e que também passou agora por uma restauração.
Sempre amei e
admirei esse quadro, acredito que talvez tenha sido um dos primeiro que eu vi
em minha vida e assim passei a gostar de pinturas e sonhar às vezes de nelas
estar.
O quadro
representa à Abolição escravatura negra no Amazonas.
#Lourenço Pessoa
- foi professor na antiga Província Amazonas, atuou na Escola Normal, foi
abolicionista, marcando sua vida em todos os movimentos libertadores de sua
época, o mesmo fazendo na Província do Ceará. Neste espaço ocorreu o incêndio,
que destruiu o acervo da Biblioteca e parte da edificação.
Hoje recebe
homenagem na Ala Direita/ Norte.
#Maria Luiza de
Magalhães Cordeiro - Mais do que justo esta homenagem, reconhecimento e
valorização a esta mulher que tanto fez e trabalhou pela história da
Biblioteca. Estudou, formou, trabalhou, diplomou e divulgou, sendo a primeira
mulher a exercer o cargo de Diretora em uma Biblioteca. Hoje estar eternizada
para lembrar, força, vontade, dedicação, não importando época e situações, seja
qual for o sexo. Ala Esquerda/Sul.
Fiz uma breve
visita, mas voltarei outras vezes para lembrar meus tempos de estudante,
enriquecer, conhecer, aprender e viver um novo tempo ali meio ao que eu amo,
leitura.
Assim estar a
Biblioteca, aberta, livre acesso para aqueles que ali vão à busca de pesquisas,
estudos, entretenimento, conhecimento. Conhecimento este que faz o homem adquirir
valores e enriquecê-los cada vez mais. Conhecimento que faz nos diferenciar dos
outros animais e através dele aprendemos nos humanizar muito mais. Alguém um
dia falou "CONHECIMENTO É PODER".
PS: Algo a mais
me chamou atenção, desta vez foi fora da Biblioteca, foi em seu entorno; as
calçadas estavam livres de vendedores ambulantes, os chamados Camelôs. Tanto a
calçada da frente da Biblioteca (Rua Barroso) como também a calçadas da Sete de
Setembro e da Henrique Martins. Fiquei feliz e maravilhada, boba, dei duas
voltas na calçada toda, só para ter a certeza que não estava sonhando. Senti uma
pequena rajada de vento no rosto e a sensação de liberdade, tive vontade de
cantar uma música que já escutei, referindo à cidade de São Paulo (que amo)
claro seria uma analogia, assim: "É tão livre andar, nas calçadas de
Manaus..." Claro que não fiz isso, até porque a liberdade estar limitada
espero breve erguer os braços, pular e ver minha cidade linda como no meu tempo
de jovem adolescente que sonhava e crescia com ela.
Olhei para o
alto e vi que na frente do prédio da Biblioteca também não tinha mais fios,
cabos, amarraras.A felicidade foi
completa, voltei com gosto de esperanças de um novo mundo para todos.
Escrito e fotos de Francisca Uchôa Souza.
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