Havia um amor, havia uma dor.
Eram recíprocos os sentimentos.
Mas no meio de tudo, havia também medo.
Havia lembranças, havia esperanças.
Ambos se questionavam e brigavam...
Não viam a razão e o coração.
Havia um amor, havia uma dor.
O tempo passava e a vida seguia.
Era lógico o amor, era lógica a dor.
E até lógico era o medo.
Havia um amor, havia uma dor.
A vida interviu. O perigo aconteceu.
O monstro, o pavor, apareceu.
E nas andanças dos acontecimentos
tudo explodiu.
Havia um amor, havia uma dor.
No ápice da solidão, ambos se viram.
À distância, as magoas, tudo, tudo invadiu
os corações.
Noites e horas de lembranças,
saudades e esperanças.
Um gritou o outro não pode ouvir.
Muito não pode ser feito e ambos
quase sucumbiram.
Havia um amor, havia uma dor.
Houve lutas pessoais, sentimentais.
Lutas defensivas, sobrevivências.
Todas coerentes e os dois sabiam por
quê.
As lembranças, as feridas, as
dúvidas, os medos...
Tudo, tudo explodiu e sangrou, quase os matou.
Abatidos, feridos de morte, quase
tudo terminou.
Sangrando e feridos nas almas e no
corpos,
Os dois reuniram o que sobrou e neste
momento,
Viram novamente o amor que
derrotando o medo,
O vazio, o inimigo, a eles se juntou.
Havia um amor, havia uma dor.
Não! não havia mais dor.
Apenas o amor, que nunca os deixou.
Escrito e postado por Francisca Uchôa
Souza.
Gravura e foto de Francisca Uchôa
Souza.
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