Um universo de personagens japoneses
A Exposição “ Reino dos Personagens
que fala sobre a cultura japonesa de um mundo de personagens . A Exposição está
sendo realizada no Palácio da Justiça situado na Av. Eduardo Ribeiro em frente
ao Teatro Amazonas e vai até hoje (22 de outubro). Estive domingo visitando a
Exposição e pude constatar o quanto de valor cultural e social-econômico tem
este universo tanto no país deles como de vários outros que absorveram seus
conceitos na modalidade personagens, sejam eles em forma de desenhos “mangá” ou
desenhos animados e toda uma desenvoltura que a partir do desenho mangá
surgiram depois, como já foi citado os desenhos animados.
São décadas de 50 a 90 até chegar ao
novo milênio. A cultura atravessou o mundo saindo do oriente até ao ocidente.
Quem nunca ficou encantado quando menino e teve a oportunidade de ver um
episodio do famoso e tão conhecido Astro Boy? Tão famoso que em 2009 chegou às
telonas para quem não teve oportunidade de conhecê-lo nos anos 50.
Não se pode negar ou deixar de
reparar em tanto sucesso, pois de uma forma ou de outro os personagens
invadiram vidas desde crianças, até adultos, mesmo que não fosse à forma
consumista pessoal, mas comprando para filhos, netos... Os filmes dos Rangers e
seus bonecos nos anos 70 deixaram uma geração apaixonada. A Hello Kitty então
foi uma sensação entre as meninas, pois conseguiu tanto sucesso que saiu dos
limites do Japão. Era fofa, linda e engraçada e ainda é.
O Japão além de lançar seus
personagens ainda desenvolvia uma cultura a caráter de cada um deles. E o país
aproveitou, a economia aumentou e alguns incidentes ocorreram, mas sem macular
o sucesso dos personagens. Os anos 80 chegaram trazendo uma nova fase, os games
invadiram as casas, a Nintendo lançou o Family Computer, Mário Brothers
tornou-se o maior amigo das garotadas daquela época.
Já nos anos 90 houve uma reviravolta
na economia mundial, alguns países sofreram com a “bolha econômica” e o Japão
sentiu de perto a dor e perdas com terremoto e ataque com gás ao metrô de
Tóquio. Mudanças ocorreram e comportamentos sócias também e os personagens
foram também afetados. O uso do vídeo games aumentou e desta vez a coqueluche
do momento era o Super Famicom e Play Station. Tomagotchi da Bandai foi o
bichinho de estimação da época, toda criança queria um para cuidar, se não
alimentasse o bichinho ele morria. Houve várias mortes e várias novas compras.
O século vinte chegou e com ele veio
na cultura japonesa a maior criação, Pokémon. Apesar de ele já ter nascido em
1996, mas só em 2000 foi que se firmou como desenho animado, filme e outras
criações. Depois houve um amadurecimento do
mercado, mas mesmo assim os aparecimentos de personagens continuaram e o
sucesso também.
É de fato e real o valor cultural que
esses personagens representam na vida de todo uma sociedade especialmente na
dos japoneses. Ela está liga a criança de berço, passando pelos adolescentes, invade
até a vida dos adultos e chega às dos idosos. No quarto, nas salas das casas,
nos escritórios e nas escolas em forma de bolsas, cadernos...
Os japonese crescem e se familiarizam
com os personagens, pois eles influenciam na vida de uma forma geral, aprendem
a fazer amizades e desenvolver instintos básicos, como lutar e colecionar.
Crianças crescem e com elas crescem também a cultura de personagens.
Atualmente a continuidade de novos
personagens é presente, pois há uma necessidade para isso, personagens com
novas ideologias e pegam gosto e popularidade. Novos conceitos como;
“yawarakasa” (que quer dizer “leveza” ou “flexibilidade”) e “yurusa”
(“indulgência” ou “abertura”). O Flash, um software que cria imagens em
movimento na internet é o responsável por esta evolução. Destas produções
surgiram com sucesso: Destas Yawaraka Tank e Eagle Talon. No campo da CG
(computação gráfica) genuíno, The World of Golden Eggs a expressão é “leve” e
“relaxado”. Já Hikonyan e Sentokun (conhecidos como “yurukyara”) já tem um
público receptivo. Foram criados fora dos padrões comerciais e tradicionais,
mas possuem seus poderes e encantos conquistando inúmeros fãs. E assim caminha
a cultura japonesa voltada para os personagens que não só povoam os sonhos e
desejos deles, mas de todos, pois é universal.
#Texto baseado nos da
exposição.
Escrito, postado e fotos
de Francisca Uchôa Souza.
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