Busca
A saudade não podia ficar mais
guardada.
Agora transbordava em lágrimas.
A vontade de gritar seu nome para
todos ouvirem era imensa.
Mas não podia.
E como não podia, seu grito era
dirigido para o seu peito, era o suporte que recebia toda a dor, ardia,
queimava e por fim dilacerava seu coração que em constante sofrer rompia-se culminando
com suas lágrimas, era o auge do desespero.
Onde estar você?
Por que se fechou e deixou o vazio
aterrorizando a alma de quem te procura?
A busca é melancólica e solitária,
vez por outra o abismo se abre e a vontade de se jogar é imensa, mas a vontade
de te ver e querer te dizer “amo você” vence o desespero.
O tempo é cruel e matemático,
segundos, minutos, horas, um dia, dois... E o tempo vai passando, contando.
Cadê você?
Tua imagem sorrindo, feliz, sério, acompanha
sem saber essa odisseia.
Algumas vezes tua imagem dissipa-se
no espaço entre um arfar do peito e o piscar dos olhos em um momento que
lágrimas insistem em rolar.
A alma em desalento busca novamente
te encontrar, vascular é o proposito que ela tem, pois precisa saber onde
estás.
O cansaço vem e com ele o sono
finalmente chega a alma já vencida sente a esperança de em seus sonhos te
encontrar.
É hora de paz, a viagem começa tudo é
nebuloso, a alma vai alcançando o espaço e entre tantos obstáculos te encontra
a sorrir. Finalmente podendo dizer “Amo você!”.
Texto de Francisca Uchôa Souza
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