E novamente é Natal!
E assim caminha
a humanidade, (nome de um filme) mas que nesse exato momento faz com que seja
aplicado neste assunto que é Natal. Quantos anos faz mesmo que Jesus nasceu?
Quem lembra? Talvez poucos, mas todos se lembram da data que o homem criou para
festejar o seu nascimento, 25 de dezembro, muitos lembram e comemoram o
nascimento de Jesus ao “pé da letra” quer dizer; vivendo, lembrando e
relembrando o acontecimento que marcou toda a humanidade, mesmo que alguma
parte desta humanidade não seja dita cristã. E outros fazem de Natal um momento
de “boom” comercial e, portanto uma festa de oportunidades.
O que é
comemorar de verdade o nascimento do Menino Jesus?
Para muitos
talvez seja ir ao Shopping ou outros lugares que vendem artigos de todos os
gêneros sempre voltados para os presentes. Presentes para os chefes, presentes
para os namorados, amigos, parentes, pais, filhos... Não podemos esquecer-nos
dos presentes dos maridos, esposas... São tantos os presentes, presentes,
presentes...
Esquecemos
alguém? Sim! Às vezes existe a possibilidade de alguém ficar esquecido.
Geralmente é a pessoa mais próxima da gente. Nosso irmão. Irmão de parentela,
mesmo o de não de sangue, mas irmão do mesmo Pai, o Criador. Aquele irmão que
geralmente mora longe num bairro distante, de periferias, subúrbios, mora em
casebre metade madeira, metade papelão vinda de caixotes, jogados pelas grandes
lojas, onde guardavam os presentes que nós compramos para aqueles que amamos e
não esquecemos. Ou quem sabe esquecemo-nos do irmão que não mora longe, mas
mora bem ali, ali pertinho da gente, em uma viela, talvez perto do Posto de
lavagem, que lava nossos automóveis, mas que a gente nem vê e nem percebe ou
talvez não queira. Mas ele está ali, nosso irmão esquecido. Esquecido por nós,
esquecido pela vida, vida social ingrata, cruel, esquecido por quem deveria
lembrar.
Porém, muitos
são os que não são esquecidos, pois ainda temos entre nós aqueles que lembram
que devemos ser irmãos em todas as situações. Esses irmãos tanto os que lembram
e os que são lembrados comungam um Natal que o Menino Jesus realmente quer.
Quando Jesus
veio ao mundo em noite que não se sabe qual, no meio do quase nada, rodeado por
animais e uma gente que não era conhecida de sua gente, mas que o recebeu com
amor e louvor. Ele comungou com a gente e se fez presente para toda a
humanidade. Um pequeno ser, irradiado de luz, com uma missão imensa, mas
capacitado com poderes e amor sem fim para com todos seja quem for os lembrados
e os esquecidos. Festejar a noite de Natal é um ato de grandeza não só para
aqueles que festejam com luzes de todas as cores, árvores de todos os tamanhos,
comidas de todos os gostos, presente e presentes, às vezes um Natal comercial.
Mesmo assim é Natal, Natal gente! Mas tem muitos que não festejam o Natal e sim
o Nascimento de Jesus, que nos ensinou que devemos dividir o pão, dar sem olhar
a quem, amar o próximo como a nós mesmo. É claro que não devemos sair
derrubando árvores enfeitas, apagando luzes, jogando comidas fora, andando nus
ou com trapos, claro que não. O que devemos derrubar são os preconceitos que
nos atravanca tornando-nos brutos e ignorantes, o que devemos apagar são as
lembranças ruins que guardamos em nossos corações e mentes, devemos jogar fora
o ódio, o rancor, a raiva, o egoísmo que nos torna muitas vezes em monstros.
Devemos sim, nos vestir de amor, felicidade, paz, harmonia, comunhão, recebendo
em nossas casas, em nossas vidas aquele irmão que precisa não só na noite de
Natal de conforto moral, espiritual, material, mas muitas vezes precisa da
gente para toda uma existência ou uma passagem um pouco longa ou quem sabe
mesmo só por uma noite de Natal.
Tenhamos a
certeza que é assim que Jesus quer que seja festejado seu aniversário, mas não
só na data que criamos. Nunca devemos esquecer o que o Senhor nos ensinou:
“Porque tive fome, e deste-me de comer; tive sede, e deste-me de beber; era
estrangeiro e hospedaste-me. Estava nu, e vestistes-me, adoeci, e visitaste-me;
estive na prisão, e foste ver-me”. – S. Mateus, cap.25, V 35 a 36. “Em verdade
vos digo que, quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o
fizestes”. S. Mateus, cap. 25, V 40.
Assim caminhamos
em direção à luz, ao amor, a paz, a harmonia vivendo em fraternidade e
irmandade, festejando não só uma noite de Natal, mas dias e dias... O
aniversário do Menino Homem que se chama Jesus.
Texto e fotos
por Francisca Uchôa Souza
Fotos de Francisca Uchôa Souza.
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