Aquelas manhãs que gostaria de não levantar.
Ficar deitada e virando de um lado para o outro é a solução.
Não consigo dormir e nem despertar, os pensamentos vagueiam, ora aqui, ora
ali.
De olhos serrados tento imaginar o possível e o impossível, o
certo mesmo é que o improvável sempre vence. É difícil imaginar você em minha
vida, como também o difícil imaginar ela sem você.
O despojamento de minha alma não resiste a tanta imaginação e
como uma alma nua sem nada a esconder vagueia entre o racional o provável imaginário
e aquele absurdo de todos, eu e você.
Um eu em sofreguidão em soluços parto atrás de uma razão da
lógica em porque não estamos juntos.
Minha alma não se importa não quer saber de razões e lógicas,
como uma pena solta flutua entre todos os espaços, cabendo em lugares imaginários
vivendo emoções sem tormentos e comoções.
É o movimento que a deixa livre e capaz de trazer você até a
mim. Conforto-me em sentir apenas uma breve e pequena noção de imaginar estar perto de você.
Procuro nem respirar profundamente, sinto que qualquer
vacilar você se dissipa, some, evapora no ar.
Finalmente estamos juntos, sinto teu cheiro, toco em tua pele
e a sinto quente, vivo, presente.
Abro tua blusa e pouso minha mão em teu peito, teu coração
acelera estais feliz em me ver. A emoção é intensa nossos corpos não resistem e
nos entrelaçamos em corpos vivos, quentes, ardentes, sofridos, a espera acabou o momento
é único, não podemos mais deixar passar, é a explosão de uma paixão sem
lógicas, sem razões, apenas emoções...
Os corpos rodopiando entre o delinear da razão e da paixão, e no momento
está longe de ser qualquer opção, seja paixã ou razão. Sentir o gosto de tua boca, o aperto de
teus braços e o pulsar de nossos corações em um momento de um êxtase guardado há
tanto tempo, nossas almas transcendem. Sem ar desperto para a razão. Abro os
olhos e percebo que apenas foi um rápido serenar de minha alma que com pena de
mim me fez sonhar. Há pouco estava contigo, agora novamente estou sozinha, somente com
os lembrar.
Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, se assim o achar necessário!