Sobre o peitoral da janela no oitavo andar daquele prédio antigo debruço-me e grito bem alto:
"Pode ir!"
"Vai... Leva contigo minha vida minha alma, meu amor".
Não olhas para cima, para trás, entras num carro parado, que estava já a te esperar.
O carro vai embora, não tenho mais o que dizer, olho as pessoas que continuam passando e levando consigo um pedaço daquele momento meu, vazio.
Entro, deixo meu corpo se jogar, escorregar bem devagar na parede até o chão encontrar.
Abaixo a cabeça e falo para meu coração ouvir e se conformar:
"Que não volte, levou minha vida, meu amor, minha alma se rasgou um pedaço foi e outro ficou". "Devias também ter levado a dor, e por favor não deixes a saudade vir com as desculpas de que algo sobrou".
Acabou!
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