sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Pão e Circo


 Pão e Circo.
Desde que descobri o verdadeiro motivo para a “árvore” ter sido cortada fiquei ainda muito mais triste e indignada. Triste pelo fato da árvore ter sido cortada por uma noite nada de “GLORIOSO”, indignada por juntamente com muitas e muitas outras pessoas ter sido enganada por uma noticia, um fato, um interesse publico; “Uma mangueira frondosa, sadia e que tinha importância na vida de todos que usufruíam de sua vida, ter sido cortada por motivos obscuros”. Lembro que houve varias versões e eu particularmente como cidadã e pagadora de tributos não concordei com nenhum, inclusive o de que a árvore estaria com alguma doença. Uma palhaçada e uma falta de respeito com a opinião publica, que banca todas as festas sejam gloriosas ou não.
Realmente acabei de crer, viver e ver a “política do pão e circo” lamento tanto e verifico o quanto ainda somos “provincianos”.
Estive na festa do NATAL GLORIOSO, juntamente com meu esposo (que foi por eu insistir) e filha, e posso dizer sem medo de ser maledicente que não vi nada de GLORIOSO, tudo como igual dos outros anos. Acredito que foi um desperdício de dinheiro para fazer o que já sabemos fazer e muito bem. Para não ser tão negativo o que vi, de mais  ali foi à quantidade de artistas (que fizeram bonito) e de fogos. Ah, faltaram o Mickey e a fada Sininho abrindo o show, o espaço estar ficando cada vez menor como menor está ficando a capacidade dos organizadores perceberem o quanto estão ficando egocêntricos. A festa foi boa, mas não bati palmas, poderia ter batido, mas para os artistas, que tanto se esforçaram e ali estavam com o verdadeiro “espírito de natal”, mas minha decepção foi grande e sai de lá muito triste com uma sensação de que algo ou alguém estava faltando naquela festa. Descobri que o verdadeiro homenageado e aniversariante ali não estava presente pelo menos para mim. “Cortada” foi toda uma ilusão, ainda bem, Pão e Circo, ainda posso participar como tantas outras pessoas, mas agora mais do que nunca ciente do valor real de todo espetáculo que pagamos. Para um povo que deveria em primeiro lugar vir a Educação e só depois a Cultura pagamos muito por uma noite e perdemos uma vida de frutos, sombra e beleza em uma cidade que é considerada o núcleo da Amazônia.
Texto de Francisca Uchôa Souza.