sábado, 7 de setembro de 2013

HINO DA INDEPENDÊNCIA

HINO DA INDEPENDÊNCIA

Música: D. Pedro I  e Letra de Evaristo Ferreira da Veiga.

Já podeis, da Pátria filhos,

Ver contente a mãe gentil;

Já raiou a liberdade

No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... Temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava

Da perfídia astuto ardil...

Houve mão mais poderosa:

Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... Temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,

Que apresentam face hostil;

Vossos peitos, vossos braços.

São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... Temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil. 

Parabéns, ó brasileiro,

Já, com garbo varonil,

Do universo entre as nações

Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!

Longe vá... Temor servil:

Ou ficar a pátria livre

Ou morrer pelo Brasil. 
Postado por Francisca Uchôa Souza
 

 

 

 

História do Hino da Independência

Politico, artista e livreiro Evaristo da Veiga no início do sec. XIX escreveu os versos do que hoje vem ser o Hino da Independência. Na época o referido hino chamava-se Hino Constitucional Brasiliense.
Esses versos acabaram caindo no gosto da corte que o escutava com frequência. O maestro Marcos Antônio da Fonseca Portugal fez a musicalização. 
D. Pedro I na época era aluno do maestro e gostava muito de música. Depois da Independência D. Pedro I decidiu compor uma nova melodia para a letra já existente de Marcos Antônio.
Assim foi oficializado o Hino da Independência. E por muito tempo D. Pedro ficou conhecido como o autor exclusivo da letra e da música do hino.
Em 1831 D. Pedro I decidiu abdicar do seu governo imperial. Por conta disso o Hino da Independência perdeu o prestigio, o mesmo era tido como símbolo nacional. O governo de D. Pedro I havia sido marcado por muitos problemas que tiraram o seu brilho de Imperador. O tempo passo, mais de um século, e o hino nunca mais foi executado em nenhum evento oficial.
Em 1922 na comemoração de um século da Independência o hino novamente foi tocado com a melodia criada pelo maestro Marcos Antônio.
Já na década de 1930 o Ministro Gustavo Capanema regulamentou o Hino da Independência na sua forma e autoria. O maestro Heitor Villa- Lobos ajudou. A melodia que foi criada por D. Pedro I foi dada como a única a ser utilizada na execução do referido hino.
 
 # Fonte do Portal do Governo. 
 
Postado por Francisca Uchôa Souza
 
 
  

Independência ou Morte

Poucos minutos poderiam ter-se passado depois da retirada dos referidos viajantes (Bregaro e Cordeiro), eis que percebemos que o guarda, que estava de vigia, vinha apressadamente em direção ao pontoem que nos achávamos. Compreendi o que aquilo queria dizer e, imediatamente, mandei formar a guarda para receber D. Pedro, que devia entrar na cidade entre duas alas. Mas tão apressado vinha o príncipe, que chegou antes que alguns soldados tivessem tempo de alcançar as selas. Havia de ser quatro horas da tarde, mais ou menos. Vinha o príncipe na frente. Vendo-o voltar-se para o nosso lado, saímos ao seu encontro. Diante da guarda, que descrevia um semicírculo, estacou o seu animal e, de espada desembainhada, bradou:
- Amigos! Estão, para sempre, quebrados os laços que nos ligavam ao governo português! E quanto aos topes daquela nação, convido-os a fazer assim!
E arrancando do chapéu que ali trazia a fita azul e branca, a arrojou no chão, sendo nisto acompanhado por toda a guarda que, tirando dos braços o mesmo distintivo, lhe deu igual destino.
- E viva o Brasil livre e independente - gritou D. Pedro.
Ao que, desembainhando também nossas espadas, respondemos:
- Viva o Brasil livre e independente! Viva D. Pedro, seu defensor perpétuo!
E bradou ainda o príncipe:
- Será nossa divisa de ora em diante: Independência ou Morte!
Por nossa parte, e com o mais entusiasmos, repetimos:
- Independência ou Morte!

#Depoimento do Coronel Marcondes - do Livro 1822 de Laurentino Gomes, páginas 37 e 38.

Postado por Francisca Uchôa Souza

    

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Os Samurais das Selvas


A história da presença japonesa no Amazonas, não obstante ser um acontecimento recente, não deixa de ser menos envolvente, rica em fatos relevante e tão importante quanto àqueles que forjaram a belíssima história desse lendário universo amazônico. Ela traduz-se numa página especial da história do Amazonas, mais precisamente pelas peculiaridades e contornos que tornou e acabou se transformando num vigoroso relato de intrepidez histórica, construída de fibra e pertinácia, é que nos propusemos a produzir este trabalho, cuja finalidade é apenas o de ampliar ainda mais as informações sobre essa presença que, em parte, já foi externada por outros historiadores com as mesmas intenções, mas com diferentes interpretações.

Assim sendo, apresentamos o livro Samurais das Selvas: A presença japonesa no Amazonas, como forma de homenagear esse valoroso povo do Oriente, que muito contribuiu e muito contribui para a formação da sociedade do Amazonas contemporâneo, povo esse que, muitas das vezes, foi injustiçado, injuriado e retratado de forma preconceituosa em face de sua cultura diferente ou pela participação em algum acontecimento isolado de nossa história, mas que soube dar uma verdadeira lição de tenacidade e arrojo, vencendo as agruras da vida distante de sua pátria e s tornando um grande parceiro dos amazonenses. Por isso mesmo, nosso propósito é fazer deste trabalho um ato de reconhecimento solidário ao povo japonês por tudo que realizou e realiza em prol da grandeza do Amazonas, pois se trata, acima de tudo, de uma história humana, que valoriza as pessoas, seres, cujos atributos vão além do simples viver e trabalhar a terra, do engendrar os negócios e apenas auferir os lucros. É a história de um povo que tem uma rica cultura, cultura essa que já se incorporou à cultura dos próprios amazonenses e que dela também já faz parte.  

# Prefácio do livro OS SAMURAIS DAS SELVAS de Aguinaldo Nascimento Figueiredo.
   Postado por Francisca Uchôa Souza - Foto de Francisca Uchôa Souza