segunda-feira, 27 de julho de 2015

Não me abandones.

Não! Não me abandones!

Não poderei viver sem ter a certeza ou a ilusão, que um dia vamos nos ter.
Que farei sem o fio de esperança que todos os dias minha alma se enlaça, que no fim do dia, vamos nos encontrar?

Como será as noites em que o sono foge e comigo ficas a me acompanhar?
E os domingos de manhã?
Bem cedinho, quando ainda todos dormem, o cantar de alguns pássaros sempre me acorda, avisando que é hora de em te pensar.

Não, não fazes isso comigo! Não me deixes, já sofro tanto com tua ausência.
Vivo dessa esperança, de um dia fugimos e com medo sermos desbravadores deste louco e verdadeiro amor insano.

Não fazes isso! Não resistirei por muito tempo. Eu te amo!
Quero tanto um dia dizer-te isso bem baixinho e somente ouvir o sussurro do teu coração, batendo em descompasso, repetindo, eu também te amo.
Não me abandones de novo. Eu te amo! E te espero o tempo que for, já se passou tanto dele e aqui estou de novo.

Não me abandones!

O que queres que eu faça?
Anda, diz! Dá um sinal!
Estou aqui a te esperar.
Diz! Sei que também te perturbas por está situação, não tens coragem.

Tens tanto a perder? Eu também!
Perco você!

Texto de Francisca Uchôa Souza