quarta-feira, 24 de abril de 2013

Lembrar você


 
Lembrar você,
É ter a certeza de que estou vivo,
Lembrar você,
É saber que em alguma parte deste imenso universo,
Tem um ser que sem saber ou mesmo sabendo é amado.
Lembrar você,
É ter a consciência, de que a vida só é vivida se tem alguém.
Lembrar você,
É ficar pensando onde você estar, com quem, fazendo o quê?
E ter a resposta: - Não importa!
Lembrar você é ouvir uma música,
E nela descobrir que te amo.
Lembrar você,
É pensar em amar e ser amado.
Foto de Francisca Uchôa Souza
 
 
Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Planeta Folha


O dia da Terra.

Parece brincadeira, mas não é. Hoje é o dia que se comemora o Dia Internacional da Terra, do Planeta Terra, da Mãe Terra, nossa casa mundial, nossa vida, nosso bem-querer, nosso bem-viver.
Agora fico pensando tinha que ser criado um dia deste especifico?  Não sou contra e penso que foi justo, importante e boa à data marcada, registrada. O interessante é que foi criada justamente para demonstrar, firmar, concretizar uma responsabilidade que deveria ser nata de todos nós. Afinal somos nós que vivemos aqui e por isso mesmo é importante, necessário que sejamos responsáveis por nossa “casa”, nosso planeta. Mas alguns de nós não tomamos ciência, responsabilidade pelo fato de que um dia tudo isso possa falir, deixando-nos sem teto, sem ar, sem água, sem vida...
As necessidades juntando com a tecnologia e mais o aumento da massa humana fez com que nós desencadeássemos um aglomerado de produtos nocivos para nós e para a Terra. Pronto, estava feito a bomba que hoje vive sobre aviso.
Em 1969 um senador americano (Gaylord Nelson) sentiu o começo do problema depois de um derramamento de óleo na Califórnia, encampou junto a um movimento hippie pela defesa do Planeta Terra, neste movimento juntou-se também o congressista conservador Pete MacCloskey, mas o jovem estudante de Harvard Denis Hayes para coordenar a campanha.
Em 22 de abril foi concretizado o fato, multidões saíram às ruas para protestar o uso inadequado de produtos nocivos tanto para nós como para a Terra. Queriam um Planeta mais saudável, mais seguro e mais sustentável. A data ficou marcada.
Em 2009 a (ONU) Organizações das Nações Unidas criou o DIA INTERNACIONAL DA TERRA, com os mesmos objetivos. Promover responsabilidades, harmonia entre o homem a natureza, a Terra, alcançando um equilíbrio entre todos nós e nossas necessidades, tornando o ambiente suportável, o Planeta vivo, a Terra boa, a Mãe Natureza fazendo seu papel e sendo protegida para nós humanos, animais, vegetais, minerais, nossos filhos e netos que ainda aqui virão habitar.
*Homenagem que faço aos meus netos que aqui já estão: Alexssander, Fellipe, Yasmin, Gabriel e Clara Lohanne.

Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza
Desenho de Francisca Uchôa Souza

Porta-retrato


Porta - retrato

Tenho tido medo, mesmo assim sigo em frente, tem sido dia a dia, passo a passo, as horas passam e sinto vontade de correr até o telefone e ligar só pra ouvir sua voz. Mas vem uma voz mais forte e determinada fala a minha razão:  Não! Eu obedeço, e calada diante da razão sigo novamente em frente com dor no coração.
Fico aqui no me mundo sem você, trabalho, brigo, como, visto, e lá vem você, às vezes sinto raiva, ódio, ai eu brigo com você, grito e num ato de quase loucura risco seu rosto com um pedaço de vidro que quebrei daquele porta- retrato que você deveria ter me dado mas se esqueceu.
O tempo vai passando, as horas sumindo, ligo a televisão, e numa novela toca uma canção que eu juro que poderia ser nossa, mas a vida, o destino, o mundo, todos culpados não deixaram ter sido feita pro nossos corações. Fico num transe, olhando aquela emoção de um beijo de paixão sendo colado, selado em duas bocas ardentes naquele momento da canção, que seria nossa se não fosse eles os donos daquela emoção vivida naquele momento de minha solidão.
Aí, minha vida tem sido cheia de muitos "ãos". Engraçado. É, digo engraçado para não ser trágico. O casal também tem seus defeitos, momentos de indecisões. Que casal? O da novela, que terminaram de falar juras de amor, fico atenta, observo, quem sabe eu aprendo alguma coisa com eles e descubro um jeito de te trazer pra perto de mim. A novela acaba, desligo a televisão, e nada, assim vou para a minha vida, sem respostas, sem perspectiva e sem visão, de um dia, uma hora, um momento, um instante, tudo possa mudar e você venha aqui me buscar. Mais tarde quando tudo está quieto, a vida dorme, o vento descansa, a lua diminui a sua luz, eu que não consigo dormir vou ao quintal, naquele silêncio e quietação olho para o céu e faço uma pequena oração:
"Senhor Deus, Tu que és Pai e sabes o que é bom e certo pro teus filhos. Peço-te, me dá o consolo de poder viver sem meu amor, e que ele seja feliz mesmo longe de mim. Amém".
Ao lado da lua uma estrela solitária pisca, eu entendo que é Deus confirmando meu pedido. Antes de entrar em casa olho novamente para aquela estrela solitária e sorrio, ela como eu temos nossos papéis e temos que seguir em frente, o medo que sinto diminui, descubro que não estou tão sozinha, mesmo longe vivendo outra vida tenho você comigo, no meu peito, no meu coração.
 Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza

Passos do coração


Passos do coração

Andas de um lado para o outro.

Estais abatido, triste, vulnerável...

Mãos frias, quase geladas, mas tu não deixas de movimenta-las.

Andas de um lado para o outro.

Às vezes levantas a cabeça em um ato de cansaço, lamentas...

Soltas suspiros, fechas os olhos, é a escuridão.

Paras, ficas firme, mas em misericórdia levantas as mãos,

Abaixas a cabeça e entre as palmas de tuas mãos encostas,

O teu rosto e choras.

Novamente começas a andar.

Andas de um lado para o outro.

Os soluços são baixos, só o teu coração escuta.

Ele lamenta a tua dor, ele lamenta a dele também.

E cheio de dor ele pergunta:

Por quê? Porque choras? Porque andas? E grita, para!

Não vês como é inútil sofrer assim? Para!

Ficas quieto, ouve-me. Não é isso que quero!

Não é isso que você quer, não é isso que queremos.

Queremos amor sem dor, sem angustia, sem lamentos...

Queremos paixão, emoção, beijos e seduções...

Queremos que ela venha, sinta, veja, ame, se doe.

Não! Ela não vem! Gritas. A dor da razão fala mais alto.

Voltas a caminhar de um lado para o outro.

Num ato de misericórdia, respiras fundo e te conformas.

Os passos diminuem o coração agora bate lento,

Percebes que tens que esperar,

Por um amor que um dia talvez chegará.

Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza