quarta-feira, 8 de maio de 2013

Ainda que eu não queira...



Ainda que eu não queira...

Estou esquecendo você,

Mesmo assim, as lembranças vêm e vão.

Meu coração se recusa grita não, mas as decepções,

As negações, enfim, minha razão fica em sofreguidão.

Ainda que eu não queira...

Eu insisto, relembro, revivo, sofro, sinto torpor.

Ainda que eu não queira...

Vejo você sumindo da minha vida;

Como um vulto,

Uma sombra,

Uma fumaça, uma neblina que ao amanhecer vai se dissipando.

Enquanto os raios do sol vão penetrando nela e mostrando um

Novo dia de luz, vida, verdade,

E você, vai se dissipando devagarzinho no ar.

Já é quase um nada.

Ainda que eu não queira...

Luto, brigo, fico triste, choro e não entendo...

As horas vão passando, o tempo correndo, os dias seguindo, a vida indo.

Sem você, sem lembrar você como antes,

Quando percebo, já estou esquecendo, vivendo sem ter você em mim.

Ainda que eu não queira...

Doí-me o peito, a alma, doí-me viver sem você.

Ainda que eu não queira...

O difícil não esquecer, é saber que tenho que arrancar você de mim.

E viver no vazio, no nada, sem você.

Ainda que eu não queira...

Adeus!

Escrito, foto e postado por Francisca Uchôa Souza
 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Uma noite de rainha - QUEEN


Uma noite de rainha – QUEEN
As turmas chegavam aos poucos, mas estavam chegando, alguns de dois, três, quatro até de cinco pessoas (jovens e alguns bem adultos, talvez pais ou tios...) assim iam formando a fila que já estava bem espichada (como diz o caboclo) tinha uma turma que chegou bem cedo eu e meu esposo fomos os seguintes. O clima estava bom e as expectativas eram ótimas, conversas de vários gêneros, conheci uma pessoa que tinha vindo de São Paulo visitar o filho que é estudante e mora com uma turma de amigos também estudantes. A mãe estava feliz, muito alegre sentindo-se jovem éramos naquele momento jovens, ela 56 e eu também 56 anos, mas com os corações e os espíritos jovens. Meu esposo estava quieto, observador como eu, mas quieto.
As horas até que passavam rápido e a fila aumentando, toda essa movimentação acontecia em frente ao Teatro da Instalação, localizado no centro de Manaus fazendo parte da cidade antiga (esquecida)  todos comentavam vários assuntos, mas o mais falado era Queen. A banda inglesa que seria homenageada naquela noite dentro do XVII Festival Amazonas de Ópera “God save the Queen”.
Ali estávamos esperando este momento. O show começava às 22:00 um show que homenageava a banda Queen de rock britânica, que foi formada em 1971, com Freddie Mercury, John Deacon, Brian May e Roger Taylor. O vocalista da banda era Freddie Mercury nascido na África (Tanzânia). Freddie além de vocalista também era piano e violão, um show-man. Antes de sair para o show, eu já havia feito uma audição para os meus ouvidos e para minha alma, que naquele momento estava feliz querendo dançar, vibrar e gritar bravo, bravo. Todos que ali estavam tinham acredito eu esse proposito, felicidade geral. Como também os organizadores do evento tinham um proposito, formar novas plateias, incluir os jovens em uma composição (ópera) que muitos acham “careta, chata”, mas claro que não é, e a banda Queen tem bem um formato que mistura o clássico com o rock, pronto, formado o atrativo. A noite seria abrilhantada com a presença do Maestro Marcelo de Jesus no comando da Orquestra de Câmera do Amazonas (OCA) e ao piano também. Claro que não seria uma noite de Ópera clássica, mas daria pra aceitar como tal dentro do contexto solicitado. E a fila estava crescendo, de repente aparece alguém da direção show dizendo que não daria pra todos entrarem, nossa, foi um buchicho, muitos ficaram tristes. Não quero falar neste assunto agora. Enfim entramos e quando o show começou foi só felicidade, minha alma dançou, cantou, fluiu, senti-me com meus vinte poucos anos, o marido também amou ao modo dele, quieto, mas gostou, fiquei o resto da noite “pilhada” sentindo-me uma rainha, a rainha que foi homenagear outra rainha, QUEEN e gritou:
BRAVO! BRAVO! BRAVO! 
Ps: No dia 28 de maio terá uma nova apresentação agora no lugar certo, Teatro Amazonas. 
Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza.