quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CLARICE LISPECTOR

"Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso".

"Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto".

"Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa acontecer dentro de nós".

                                                                                                  - CLARICE LISPECTOR -

Postado e foto por Francisca Uchôa Souza

Fernando Pessoa

Põe a tua mão
Sobre o meu cabelo...
Tudo é ilusão
sonhar é sabê-lo

Fernando Pessoa

"Sou um deserto imenso
Onde nem eu estou".

Fernando Pessoa

Postado e foto de Francisca Uchôa Souza

SONHEI!

SONHEI!

A hora, era tarde, não vi e nem estava interessada em saber.

Só sabia porque estava acordada, sem sono, vagando em meu quarto.

Os pensamentos viam, iam, paravam se instalavam e sumiam de repente.

Confusa, não entendia por que não conseguia fixar um pensamento se quer.

Rodopiava em volta da cama, a luz do abajur fria, fraca, quase apagada.

Tava lá, dizendo: - anda, deixa de ser boba, vem deitar, que eu te cubro e te faço dormir e sonhar. Sonhando com "ele" e em seus braços sei que você vai amar.

Eu fechava os olhos, mantinha-os assim por um bom tempo na esperança de quando abri-los você estaria lá.

Não! Não! Não estava! E eu como um pião continuava a rodopiar.

Houve um momento, um instante, parei...

A penumbra do quarto, o frio do ar, o silêncio da noite, a cama vazia, meu corpo tremulo, a sensação do medo, da solidão, do vazio...

Tudo, tudo, era você que ali estava.

Meus olhos encheram-se de lágrimas, sentei na beira da cama, passei a mão no espaço vazio e senti tua presença, fria, nítida, ali, deitei e procurei repousar meu corpo suavemente para que você não despertasse.

Fechei os olhos e lentamente fui absorvendo teu corpo vazio, tua imagem cheia dentro do meu coração, assim dormi.

Sonhei, em meu sonho encontrei você, que vinha ao meu encontro e esticado os braços me recebia com um grande beijo e um confortável aconchego em seu peito. Sonhei!

Texto e foto de Francisca Uchôa Souza

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PARADOXO

PARADOXO

Ainda bem que nem tudo na vida é ruim. Nem tudo é caos. Mesmo morando em uma cidade que muitos não cuidam dela como deveriam cuidar e respeitar há algumas pessoas e órgãos públicos que fazem sua parte mesmo que não seja totalmente, mas faz.
Mesmo detestando de ir ao Centro da cidade ainda tem alguns poucos lugares que eu e acredito que outras pessoas também gostam de ver e sentir.
Ao lado da bendita Rua Marcílio Dias existe uma praça que ainda escapa do caos.  Uma praça que algum tempo ainda próximo foi revitalizada e entregue a população para ser apreciada, e todos se sentirem bem naquele espaço com verde, limpeza, luz, música, ornamentação de primeira qualidade. Algumas coisas não tem mais, que é praxe depois de toda inauguração de algum lugar público, mas ainda existem beleza e limpeza. Falo da conhecida PRAÇA DA POLÍCIA. Mesmo Sem música e seus jatos d’água, os patinhos nas lagoas e a bela fonte que não funciona mais. Mesmo assim, ainda tem sua beleza, é um paradoxo. Caos e beleza juntos.

Texto e foto de Francisca Uchôa Souza 


Caos

  Ontem estive mais uma vez no Centro da cidade e mais uma vez fiquei triste, aborrecida, chateada e ainda machuquei seriamente meu pé. Todas às vezes que ali vou volto pra casa me sentindo muito ruim. É uma espécie de energia negativa com desespero mesmo.
Acho o Centro sujo, fedido, nojento um verdadeiro caos. Eu não estou aqui fazendo apologia contra alguém ou a pessoas que ali trabalham, mais sim, a uma situação que poderia ser totalmente diferente. Penso que se todos fizessem sua parte com certeza não seria tão horrível ver, sentir, se inserir naquela que deveria ser cuidada, respeitada, valorizada. O Centro da cidade está cada vez pior, ontem eu andando pela Marcílio Dias, que antes era uma bela rua, tinha bancos para se sentar, calçamento sem buracos, ornamentação com plantas naturais, lixeiras e não tinha lixo no chão.
Fiquei arrasada quando ali entrei procurando uma loja que por sinal é uma loja de serviços telefônicos que nunca o sistema estar funcionando. Depois de passar por cima de lixo, quase cair por causa de buraco, achei a bendita loja que não adiantou de nada. Vi sujeira, buracos, CARROS ESTACIONADOS NAS CALÇADAS, cachorro virando lata e lojas fechadas. Parecia que eu estava em uma cena de um filme de apocalipse no dia seguinte. Fiquei irritada e quis sair logo dali. Voltei pra casa triste, deprimida e com muita dor no pé e perna. Eu não consigo entender por que tanta desordem e falta de interesse e compromisso com a cidade que abraça e guarda todos que aqui vem para trabalhar, viver, e até pessoas aqui nascem não zelam por ela. Os órgãos responsáveis, não sei o que estão fazendo ou esperando para fazer e tomar uma atitude que coloque ordem no lugar. É uma cidade que todos fazem o que querem, quando e como querem.
CHOQUE DE ORDEM é uma frase que funciona em alguns locais só por umas horas, e mesmo assim não vejo funcionar no Centro da cidade.
Até quando será assim? Quantas vezes eu e outras pessoas que sentem a mesma coisa vamos sofrer na alma e no corpo este caos?
Texto e foto de Francisca Uchôa Souza


Amazonças & Derivações


Amazonças e Derivações é um projeto do fotógrafo alemão Otto Weisser. A mulher é o objeto principal, sendo mostrada e inserida na flora e fauna Amazônica. Há uma grande exploração da plástica, cores, brilho, expressões e muito mais.
Um projeto feito também com convidados: ANABELLA ABRAHIM - SARAH MARINHEIRO - ANDERSON MATTOS - CECY PROCÓPIO - NIL LIMA - HELERSON MAIA - THAYARA INOMATA - WASHINGTON RÊGO.



Exposição na GALERIA do LARGO
Texto e fotos de Francisca Uchôa Souza.




quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sou eu ll

Já fui bebê.

Já fui criança.

Fui pré-adolescente, em uma época que nem se falava nisso.

Fui adolescente, rebelde, sonhava com um mundo cor -de- rosa.

Apanhei.

Fui jovem, o sonho continuou.

Fui cocotinha.

Tinha pelos dourados e andava de barriguinha de fora, mostrando o umbigo.

Fui apaixonada, outros se apaixonaram por mim.

Chorei, e pode não parecer, mas fiz alguém chorar.

Sonhei, fiz sonhar.

Desejei, fui desejada.

Fiquei adulta.

Briguei por aquilo que eu queria.

E ainda brigo.

Dancei discoteca na melhor época.

Usei Lee, fumei (nunca drogas), bebi cerveja e até uisque vagabundo.

Amei todos meus amigos, e alguns deles ainda estão comigo,

no meu coração, nas minhas lembranças. Presentes.

Aí conheci o amor.

Aquele que você olha e diz "é esse que eu quero pra ter e cuidar da minha prole".

É. Segurança e continuidade da espécie.

Casei!

Veio a família e com ela:

compromissos, responsabilidades, brigas, amor, respeito, sonhos, pesadelos, medos, alegrias, felicidade, saúde, doenças, filhos, lutas.

E agora netos! Continuidade...

Eu que fui bebe, criança, pré adolescente, adolescente, jovem, adulta.

E hoje mãe e vó.

Estudei e me formei, mas decide ser mãe e agora vó. E a luta continua...

Hoje tenho projetos, e quando realizados se alguém quiser festejar comigo ficarei muito feliz em dividir o momento.

Todos que coloquei no mundo, ensinei, eduquei, mostrei caminhos, e espero a que cada um tenha seu momento de realização. Se precisarem de mim se for possível vou ajudar. Amo minha família e faço minha parte e espero...

Um depoimento de alguém que não tem vergonha ou medo de dizer o que foi e o que  é.

Hoje sempre digo pro meu neto Gabriel (que está mais próximo de mim):

"Gabriel, quando você estiver maior e alguém frescar(desculpe o palavrão) com você diga como a vovó fala - EU SOU EU. E O BOI  NÃO LAMBE. E SE LAMBER EU CORTO A LÍNGUA".

Hoje em dia o que vier é lucro.

Texto de Francisca Uchôa Souza

Sou eu l

“Sou cozinheira, arrumadeira, lavadeira (com máquina) passadeira (às vezes) pinto, costuro, conserto, babá, professora, enfermeira, doutora, conselheira, esposa, mulher, companheira, amiga. Sou mãe, sou vó, e nas horas vagas sou amada, amante (do marido) e rezo para que tudo dê certo. Sou eu!”
Texto de Francisca Uchôa Souza

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Grito

O GRITO
D. Pedro, tremendo de raiva, arrancou de minhas mãos os papéis e, amarrotando-os, pisou-os e deixou-os na relva. Eu os apanhei e guardei. Depois, virou-se para mim e disse:
- E agora, padre Belchior?
Eu respondi prontamente:
- Se Vossa Alteza não se faz rei do Brasil será prisioneiro das cortes e, talvez, deserdados por elas. Não há outro caminho senão a independência e a separação.
D. Pedro caminhou alguns passos, silenciosamente, acompanhado por mim, Cordeiro, Bregaro, Carlota e outros, em direção aos animais que se achavam à beira do caminho. De repente, estacou já no meio da estrada, dizendo-me:
- Padre Belchior, eles o querem, eles terão sua conta. As cortes me perseguem, chamam-me com desprezo de rapazinho e brasileiro. Pois verão agora quanto vale o rapazinho. De hoje em diante estão quebradas as nossas relações. Nada mais quero com o governo português e proclamo o Brasil, para sempre, separado de Portugal.
Respondemos imediatamente, com entusiasmo:
- Viva a Liberdade! Viva o Brasil separado! Viva D. Pedro!
O príncipe virou-se para seu ajudante de ordens e falou:
- Diga à minha guarda que eu acabo de fazer a independência do Brasil. Estamos separados de Portugal.
O Tenente canto e Melo cavalgou em direção a uma venda, onde se achavam quase todos os dragões da guarda.
Pela descrição do padre Belchior não houve sobre a colina do Ipiranga o brado “INDEPENDÊNCIA OU MORTE”, celebrizado um século e meio mais tarde pelo ator Tarcísio Meira, no papel de D. Pedro em um filme de 1972. O famoso grito aparece num outro relato, do alferes Canto e Melo registrado bem mais tarde, quando o acontecimento já havia entrado para o panteão dos momentos épicos nacionais. A versão do alferes, de tom obviamente militar, mostra um príncipe resoluto e determinado. Por ela, d. Pedro teria lido a correspondência e, “após um momento de reflexão”, teria explodido, sem pestanejar:
- É tempo! Independência ou morte! Estamos separados de Portugal!

### Do Livro 1822 de LAURENTINO GOMES. Págs. 36 e 37

Postado por Francisca Uchôa Souza

Hino Nacional

HINO NACIONAL

Parte I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Parte II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida",
“Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da Silva 

Postado por Francisca Uchôa Souza

A Letra do Hino Nacional

A LETRA DO HINO NACIONAL
O atual poema de Joaquim Osório Duque Estrada é a terceira letra da melodia de Francisco Manuel da Silva. A primeira foi feita por ocasião da abdicação de D.Pedro I e cantada pela primeira vez no dia 13 de abril, festejando a partida da família imperial para Portugal. Essa letra, aliás, ruim e de acerbas críticas aos portugueses, é atribuída a Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva.
Ignora-se o nome do autor da segunda letra, feita para festejar a coroação de D. Pedro ll, em 1841. Sabe-se, porém, que o autor anônimo fez apenas uma adaptação da primeira letra, para bajular D. Pedro ll.
Como se vê, nem a primeira nem a segunda letras eram dignas da imortal melodia da Francisco Manuel da Silva.
Felizmente, em 1909 o poema de Joaquim Duque Estrada entrou em discussão no Congresso em forma de Projeto de Letra para o Hino Nacional. O poema, porém, que sofreu mais tarde modificações por parte do próprio autor, foi declarado Letra Oficial do Hino nacional somente em 1922, quando o país se preparava para comemorar o centenário de sua independência.

### Texto tirado do Livro HINOS E CANÇÕES DO BRASIL, de AVELINO A. CORREA, pág. 11
Postado  e foto de Francisca Uchôa Souza

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O HINO

O Hino
O hino representava para os povos antigos uma homenagem feita em forma de poema para celebrar os deuses e os heróis. É ao mesmo tempo um cântico e um poema de evocação, como de inovação, quando nas igrejas e para fins de adoração sacra. No caso das nações, trata-se de uma composição musical acompanhada de versos que homenageia e representa a Pátria.
O Hino do Amazonas foi instituído por Lei nº 1.404, de 1.º de setembro de 1980, após a existência informal de vários outros, executados com esta prerrogativa. Resultou de um concurso público.
A música é do maestro amazonense Claudio Santoro e a letra, do poeta Jorge Tufic Alaúzo
.
### Texto tirado do livro (cartilha manual), SÍMBOLOS DO AMAZONAS, pág. 23, de Robério Braga.


Postado e foto de  Francisca Uchôa Souza

HINO DO AMAZONAS

HINO DO AMAZONAS

Letra-Poema: JORGE TUFIC

MÚSICA: CLAUDIO SANTORO

Nas paragens da história o passado
é de guerras, pesar e alegrias,
é vitória pousando suas asas
sobre o verde da paz que nos guia.
Assim foi que nos tempos escuros
da conquista apoiada ao canhão,
nossos povos plantaram seu berço,
homens livres, na planta do chão.
Estribilho
Amazonas, de bravos que doam,
sem orgulho nem falsa nobreza,
aos que sonham, teu canto de lenda,
aos que lutam, mais vida e riqueza.

Hoje o tempo se faz claridade,
só triunfa a esperança que luta,
não há mais o mistério e das matas
um rumor de alvorada se escuta.
A palavra em ação se transforma
e a bandeira que nasce do povo.
liberdade há-se ter no seu pano,
os grilhões destruindo de novo.
Estribilho
Amazonas, de bravos que doam,
sem orgulho nem falsa nobreza,
aos que sonham teu canto de lenda,
aos que lutam mais vida e riqueza.

Tão radioso amanhece o futuro
nestes rios de pranto selvagem,
que os tambores da glória despertam
ao clarão de uma eterna paisagem.
Mas viver é destino dos fortes,
nos ensina, lutando, a floresta,
pela vida que vibra em seus ramos,
pelas aves, suas cores, sua festa.

Estribilho
Amazonas, de bravos que doam
sem orgulho nem falsa nobreza,
aos que sonham, teu canto de lenda,
aos que lutam, mais vida e riqueza.

### Copiado do livro(cartilha, manual)SÍMBOLOS DO AMAZONAS, pág. 24 e 25 - de Robério Braga.

Postado e foto der Francisca Uchôa Souza




quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Alquimista - Paulo Coelho

O Alquimista pegou um livro que alguém na caravana havia trazido. O volume estava sem capa, mas consegui identificar seu autor: Oscar Wilde. Enquanto folheava suas páginas, encontrou uma história sobre Narciso.
O Alquimista conhecia a lenda de Narciso, um belo rapaz que todos os dias ia contemplar sua própria beleza num lago. Era tão fascinado por si mesmo que certo dia caiu dentro do lago e morreu afogado. No lugar onde caiu, nasceu uma flor, que chamaram de narciso.
Mas não era assim que Oscar Wilde acabava a história.
Ele dizia que quando Narciso morreu, vieram as Oréiades - deusas do bosque - e viram o lago transformado, de um lago de água doce, num cântaro de lágrimas salgadas.
- Por que você chora? - perguntaram as Oréiades.
- Choro por Narciso - disse o lago.
- Ah, não nos espanta que você chore por Narciso - continuaram elas. - Afinal de contas, apesar de todas nós sempre corremos atrás dele pelo bosque, você era o único que tinha a oportunidade de contemplar de perto sua beleza.
- Mas Narciso era belo? - perguntou o lago.
- Quem mais do que você poderia saber disso? - responderam, surpresas, as Oréiades.
- Afinal de contas, era em suas margens que ele se debruçava todos os dia.
O lago fico algum tempo quieto. Por fim disse:
- Eu choro por Narciso, mas jamais havia percebido que Narciso era belo.
"Choro por Narciso porque, todas as vezes que ele se deitava sobre minhas margens eu podia ver, o fundo dos seus olhos, minha própria beleza refletida".

"Que bela história" disse o Alquimista.
Postado e foto de Francisca Uchôa Souza

sexta-feira, 24 de junho de 2011

PRINCÍPIO DO AMOR

O ódio nasce, cresce e se instala quando somos profundamente humilhados. É uma reação normal a alguém que zombou de nós, que não nos levou a sério, que nos tratou como se fôssemos marionetes de pano, sem vontade própria e sem sentimentos.

O ódio só fica anormal quando não vai embora. Quando impede que a gente perdoe aquele que nos humilhou. Aí a entra-se numa roda-viva, na qual cada ato movido pelo ódio gera mais e mais sentimentos negativos.

Quando não conseguimos perdoar, é porque nos sentimos inferiores a quem nos desprezou ou maltratou. Essa pessoa, para nós, é tão importante, tão superior, que seus atos e seu comportamento têm o poder de definir nossos sentimentos.

Deixar que os outros decidam como vamos nos sentir é sinal de que algo vai muito mal dentro de nós. Do contrário, tocaríamos nossa vida sem depender das opiniões alheias; teríamos capacidade de perdoar e de seguir em frente.

Lembre-se disso quando estiver diante de uma pessoa vingativa, cheia de ódio. Ela não é assim porque quer, mas porque algo dentro dela faz com que se sinta inferior aos demais. Por isso, não consegue perdoar nem amar. Mas você consegue. E por isso faz toda diferença.


###Do livro - COMO LIDAR COM PESSOAS DIFÍCEIS. # NOVA CULTURAL

Postado por Francisca Uchôa Souza






PRINCÍPIO DO BEM

Ninguém é destrutivo porque quer.

Claro que todos nós temos nossos momentos de raiva, vingança, egoísmo, cinismo. Isso não significa, porém, que sejamos assim o tempo todo. Em geral, o sentimento passa depois de algumas horas, ou dias.

Mas há aqueles para os quais mágoas e ressentimentos são tão profundos que acabam criando raízes. Essas raízes se espalham na forma de outros sentimentos negativos, e permanece muito tempo dentro do coração - a vida toda, se a pessoa não reagir. Portanto, a maldade se instala quando não se reage a ela. E essa não-reação depende de inúmeros fatores: falta de afeto e/ou de carinho, falta de confiança em si mesmo e/ ou nos outros, falta de diálogo. Ou seja: a maldade surge quando falta alguma coisa. Toma o lugar daquilo que está ausente, dando falsa impressão de que nada falta - e de que está tudo bem.

# Lembre-se disso quando estiver diante de uma pessoa venenosa.

A Maldade não é um desejo. É a compensação à ausência de algo muito importante, que essa pessoa perdeu ou nunca conheceu.

### Do livro - COMO LIDAR COM PESSOAS DIFÍCEIS. # NOVA CULTURAL


Postado por Francisca Uchôa Souza

CIDADE DE SANTA ANITA

Ainda no mesmo dia na mesma Galeria do Largo aproveitei e fui rever a CIDADE DE SANTA ANITA, fala do amor puro e verdadeiro de um homem por uma mulher. Um amor que mesmo depois da morte continua vivo servindo de exemplo para aqueles que acreditam e para os que não sonham ou perderam as esperanças. Um homem, uma mulher, uma história e uma cidade para iluminar, guardar, mostrar, lembrar que amar é a energia que move todos nós. VISITE!
Texto e foto de Francisca Uchôa Souza

NÃO QUERO MUDAR DE PLANETA

Visitando a exposição de BUY CHAVES E HELEN ROSSY "NÃO QUERO MUDAR DE PLANETA", na GALERIA DO LARGO. Achei linda e dá pra ver porque eles (os artistas da exposição) não querem mudar de planeta. Quando me deparei com as cores, as formas, até a luz, senti que a vida é simples e bela e quando ela pode ser expressada daquela forma é muito maravilhoso. Simples, por que complicar?

Texto e fotos de Francisca Uchôa Souza





terça-feira, 21 de junho de 2011

Acertando na lata com a lata.

Estava eu hoje passando por uma das pequenas pontes que liga um lado da rua com a outra no Prosamim na Cachoeirinha próximo o bairro da Raiz, quando percebi essa cena bastante singular naquele local. Um canoeiro remando naturalmente e recolhendo latas de bebidas.
Fiquei emocionada e ao mesmo tempo achei uma cena incomum para os dias de hoje, ali naquela parte do igarapé da Cachoeirinha.
A emoção era por ver que ele estava recolhendo latas de bebidas, que são jogadas por pessoas que moram ou frequentam os arredores no fim de semana. Talvez seja uma atividade que lhe dê algum tipo de renda e assim sobrevive.
Mesmo assim ele está fazendo a sua parte, limpando a sujeira de uns e com certeza nesse ato a natureza que tanto sofre é mais beneficiada e agradecida. Que bom que tem ainda pessoas que mesmo precisando e necessitando faz a sua parte.
Enquanto voltava para casa lembrei-me do tempo em que fui criança e ali naquele mesmo igarapé com outro aspecto e nivelação do seu curso d’água eu e minhas irmãs e os vizinhos iam-nos pegar água (a água só chegava de madrugada, não mudou muita coisa, não, para alguns). Nossa, era uma festa para os “pequenos” os adultos carregavam as latas e panelas cheias de água enquanto as crianças brincavam na água corrente e cristalina (ainda naquele tempo, início dos anos 60). Tentávamos pegar minúsculos peixinhos que passavam por entre nossos pés infantis. Senhoras mais velhas lavavam roupas e usavam as grandes pedras que ali tinha (algumas resistiram o tempo e ainda estão lá) para bater roupas. Tinha várias cacimbas em volta e bastantes árvores, pés de açaí, pupunha, buriti e outras espécies.
Sempre que lembro aquele tempo chego a ouvir o barulho das vozes, roupas sendo batidas nas pedras e o barulho das folhas das árvores sendo sacudidas pelo vento que causava um bom e maravilhoso frescor em nossos corpos de crianças que muitos estavam apenas vestindo calcinhas ou shorts sem blusa (hoje é perigoso uma criança andar assim) e sentiam frio.
Sempre vivo essas cenas de lembranças já que agora moro perto do igarapé da Cachoeirinha que divide o bairro do mesmo nome (onde nasci e me criei) e o bairro da Raiz. Tempo bom, que eu sei que não volta nunca mais, mas estar guardado comigo para sempre. Foi bom.

Texto e foto de Francisca Uchôa Souza

domingo, 19 de junho de 2011

Estações da Vida - (trecho) - CELDO BRAGA

ESTAÇÕES DA VIDA

Sonhar renova as águas da esperança.
Nas estações de inverno ou de verão,
a vida desabrocha em primaveras
e a chama confiante das esperas
acende o mais humilde coração.

O amor feito botão, em plena luz,
torna feliz o nosso caminhar.
Faz entender que as estações da vida
só acontecem quando percebidas
no jeito de viver e de sonhar.

CELDO BRAGA

Postado e foto de Francisca Uchôa Souza


sábado, 18 de junho de 2011

Amor de Helen

Helen tenta esquecer Marcos...
Sabe que é impossível viver como estar vivendo...
Vazio e ao mesmo tempo cheio, assim é sua vida, suas lembranças...
Seu amor por Marcos é fiel, verdadeiro mas Helen sabe que não pode vivê-lo...
São desejos, sonhos, pequenos momentos vividos e sentidos, quase um nada, mas real, puro...
Helen sonha, pensa, respira e ama Marcos, que vive longe dela sem saber do seu querer do...
Marcos vive em mundo diferente, rico, poderoso, audacioso e vazio, sem Helen, sem amor, sem...
Mesmo assim Marcos vive, achando que é feliz, sem saber o verdadeiro sentido do amor e de vivê-lo com...
Às vezes Marcos sente o amor de Helen, mas não sabe bem o que é, porquê, de onde vem, pra onde vai...
Reage de forma estranha diante desse sentimento, por medo, falta de coragem, responsabilidade, razão?
Helen por sua vez, sofre espera, sente, recua, avança, chora, desiste e depois volta, volta pra dor, pra saudade, pra esperança, pro silêncio, pro amor...
Amor de Marcos, amor seu, seu, só seu, mas espera em silêncio ouvindo o coração dizer: - Ele te ama, não desiste, pois um dia ele vem, e em seus braços eu e você seremos felizes.

Texto e foto de Francisca Uchôa Souza

Adoraria...

Adoraria... 
Adoraria beijar tua boca e sentir o gosto da paixão.
Adoraria abraçar teu corpo e sentir o pulsar do teu coração.
Adoraria sentir o cheiro do teu corpo e sentir estar desmaiada em teus braços.
Adoraria sentir o aperto dos teus braços em volta do meu corpo.
Adoraria rodopiar com você e ter a sensação de voar no espaço.
Adoraria olhar bem de pertinho em teus os olhos e ver que neles eu estou.
Adoraria sussurrar baixinho no teu ouvido palavras de amor.
Adoraria gritar para todos ouvirem o quanto te amo!
Adoraria...adoraria...adoraria...

Texto de Francisca Uchôa Souza

Impassível Diante do Dragão - Neimar de Barros

IMPASSÍVEL DIANTE DO DRAGÃO

Neimar de Barros

Há quanto tempo nos conhecemos?
Sei lá.....
Eu vinha, você ia.....foi um encontro comum, casual.
Milhares já se encontraram assim,
Depois eu comecei a sentir algo,
Talvez uma saudade sem razão,
sei lá...
Não era tristeza, não era alegria,
Era uma indecisão de amar você,
E eu passava momentos, olhando para a frente,
Desligado, sem ver nada.
Engraçado!rsrsrs, Olhava e não via!!!!
Estava absorto, parado, consumido por mim:
Uma verdadeira estátua em introspecção!
Estava "Encucado"
"Encucado" com ausência que era presença.
De repente, a interrogação indecisa foi evaporando,
E eu vi dentro de mim que era amor.
Você estava enquadrada no que eu queria,
Desde o sorriso até as lágrimas.
Você era o sim diante do altar,
Você era a mão certa na escada incerta
Você era o horizonte nítido....o agasalho....
Mas eu cometi um erro....(alias Vários);
Não perguntei se eu também era tudo isso para você.
E a verdade é que não era.
Eu não estava enquadrado no que você queria,
Eu era o não
Não era sorriso, não era agasalho, não era nada....
Era um ser andante maravilhosamente invisível para você.
De repente, a exclamação veio em "Closet"
E eu fiquei afirmando seus defeitos,
Fiquei procurando tudo o que você fazia de errado,
E como sempre analisando...você não fazia nada.
Fiquei torcendo para você me decepcionar.
Afundei-me como arqueólogo nas ruínas da sua imagem adorada,
E você permaneceu intacta.
Eu quis desmanchar a ilusão,
Quis vomitar um amor que me assentava bem,
E torci para você me decepcionar.
Eu queria tanto sentir raiva de você,
ódio!
No entanto, você se manteve a mesma,
Impassível diante do dragão em que me transformei.
Então, me decepcionei comigo,
Porque não compensei o que queria
Como o que sentia.
E ontem, numa noite não muito longe,
Resolvi selar a carta da despedida.
Fechei os olhos,
As lágrimas pingaram uma a uma,
E eu adormeci, sonhando o sonho da aceitação!!!!
Postado por Francisca Uchôa Souza

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Shopping do Tururí

Decidi terminar meu passeio ontem no Shopping do Tururí. Era a primeira vez que iria ver de perto. Cheguei eram ainda 18:30hs, as pessoas que iriam trabalhar no local ainda estavam arrumando suas barracas outras se posicionando em seus lugares com carrinhos de refrigerantes. Tudo muito bem arrumado e limpo, até o banheiro nem parecia público (não sei depois quando o povo começou a chegar). Comprei água e procurei um lugar próximo ao palco pra sentar. Gosto da festa do Carna Boi, de Parintins tudo relacionado a cultura do Boi eu gosto, mesmo que eu nunca tenha ido a nenhuma dessas festas, vejo pela TV. Fiquei observando as pessoas chegar, eram moças,senhoras,rapazes,crianças com suas famílias, pois é, uma festa que até família pode participar com as crianças.Tudo muito bem aparelhado e com boa segurança.
Foi bom, não pude ficar até o fim, mas até onde vi tudo foi ótimo. Fiquei só triste de ver a Ponte de Ferro metade acesa metade apagada. Até quando? E a manutenção?

Texto e foto de Francisca Uchôa Souza                                                                          

Voltando ao Parque Temático J.Peres.

Ontem tive uma folga e resolvi fazer uma das coisas que eu gosto, passear na cidade em especial no Centro, melhor ainda, Largo de São Sebastião, Palácio da Justiça e outros. Mas ontem voltei ao Parque Temático J. Peres. Fiquei feliz em ver que tudo estar bem e funcionando (parece-me que só o Chafariz, que não). Achei bonito a grama verdinha, as plantas firmes e crescendo. A gente vê que está tendo cuidados. Vi pessoas fazendo caminhadas, ninguém sujando, parecia até que eu não estava em Manaus. Fiquei muito, muito feliz!

Texto e foto de Francisca Uchôa Souza

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Subindo ao Céu

Subindo ao Céu
Era madrugada de quarta-feira de cinzas de 1915. O baile acontecia no Ideal Clube que naquela época localizava-se nas ruas Henrique Martins e Eduardo Ribeiro. Era um baile a fantasias e Ária Ramos estava presente com sua alegria e beleza. Com 18 anos, Ária tocava violino, era considerada uma moça à frente de sua época em uma sociedade de padrões recatados e pudores.

Ária tinha costumes e atitudes fora dos padrões de sua época. Gostava de frequentar lugares que muitas vezes eram apenas para homens, sentia-se livre.

Ária tinha outra duas irmãs; Celeste e Patrícia, sendo Ária a mais nova.

Sua fantasia no baile era de “Diana” a deusa grega da caça.

Seu coração era disputado por dois rapazes: Mário Travasso com quem havia rompido o namoro recentemente.
Mário tinha 16 anos, o outro rapaz era Idílio Barroco seu novo pretendente que tinha 25 anos.

Todos estavam no baile. Durante a festa ária foi convidada a tocar a valsa “Subindo ao Céu”.

Existem contradições sobre a tragédia, alguns dizem que foi durante a execução da valsa que Ária foi atingida pela bala. Já outras versões afirmam que ela já estava sentada conversando quando foi atingida tragicamente.

O fato é que Ária foi mortalmente ferida. Falecendo horas depois em um hospital local às 05:00hs da manhã do dia 18 de Fevereiro. Quanto aos culpados ou culpado existem relatos também diferentes. Uns dizem que foi Mário Travasso que estava com de Idílio Barroco sendo considerado culpado e preso.

Outros jornais relatam que Mário encontrou a arma em uma bolsa de Idílio no momento que procurava por suas luvas que estavam escondidas e que o tiro foi acidental.
Ária foi sepultada no cemitério São João Batista onde até os dias de hoje encontra-se uma estátua que ornamenta seu túmulo. Há relatos que Idílio Barroco morreu louco afirmando que ouvia Ária tocar “Subindo ao Céu”.

Texto pesquisa e foto de Francisca Uchôa Souza.







quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Estar só.

Estar só
Pode querer dizer muita coisa.

Pode ser tão agradável como estares sentado no teu cantinho favorito a leres um bom livro.

Ou quando vais dar um passeio para pensares tranquilamente em alguma coisa que procuras compreender.

Nesses momentos não te sentes só ainda que não tenhas ninguém à tua volta.

Mas às vezes mesmo rodeado de gente podes sentir-se só.

Quando ninguém te conhece ou quando não escutas ninguém então te sentes só.

E a solidão é como um quarto vazio dentro de ti, um quarto frio e silencioso.

Mas o pior de tudo é queres companhia e não saber procurá-la.

É como se acordasses numa cama estranha e não soubesses onde estavas.

Mas talvez encontres alguém ou alguma coisa que te diga que os outros se interessam por ti.

Há muitas pessoas que se sentem sós.

Pode ser alguém, que veio de outro país ou que seja velho ou que não tenha nenhum amigo ou que sinta medo.

Pode ser alguém que conheças sem  que te tenhas apercebido.

Pode ser alguém que tenha dentro de si um quarto frio para tu aqueceres.



Postado e foto por Francisca Uchôa Souza




segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Sete gatos pingados..

Escrever sobre esse assunto é um tanto complicado pra mim. Até agora fico um pouco constrangida e decepcionada. Já se passaram alguns meses desde o dia que o fato aconteceu, fiz de tudo para esquecer, até fingi que era mais uma dessas histórias que você escuta em fila de banco ou nas salas de consultórios médicos. Essas histórias sempre são com outras pessoas e você apenas fica sabendo. Mas que nada, o tempo passou, mas a decepção não. Então resolvi colocar no papel, ou melhor escrever como uma forma de desabafar, quem sabe assim logo passa e eu esqueço que participei e mais uma vez aprendi que “de perto ninguém é normal”. Ou melhor, não somos deuses (mesmos as pessoas que acham que são).
Tudo começou quando decidi participar de uma palestra sobre Literatura Amazônica que seria proferida por um escritor bastante conhecido até mundialmente, tendo várias obras publicadas e algumas até transformadas em sucessos de televisão.
Fiquei entusiasmada com a oportunidade de ouvir sobre literatura que é um assunto que tanto gosto, ainda mais com uma pessoa que eu pensava que era “cabeça pensante “sendo assim, sem preconceitos e arrogâncias.
A loja que estava promovendo o evento é uma loja bem conceituada no mercado de nossa cidade e sou cliente já de longa data, sempre promove vários eventos. Fiz a inscrição e recebi a resposta positiva para participar e fiquei na espera do grande dia.
Lembro que a data concedia com uma consulta medica minha e eu tratei de logo resolver este problema (mudei a consulta), fiquei esperando a palestra com ansiedade.
O dia chegou!Arrumei-me e fui para o Shopping toda feliz, pensando em adquirir mais um pouco de conhecimento e conhecer mais algumas pessoas. Cheguei um pouco cedo pra poder conhecer o ambiente onde seria a palestra. Aproveitei e fui ver livros na loja e comprei até um.
O tempo começou a passar e percebi que não chegava mais gente e nem o palestrante. O tempo lá fora estava chuvoso (vai ver é isso – pensei).
Depois de mais um tempo olhei o relógio e nada, nem mais pessoas e nem palestrante. Quando já havia passado quase uma hora, o palestrante chegou. Eu estava sentada juntamente com as outras seis pessoas (isso, éramos sete pessoas, parece conta de mentiroso, mas é verdade) e vi claramente o ar de decepção dele (o escritor) e também notei que ele fechou o semblante (mais ainda, pois no real ele tem o semblante bem fechado).
Eu sabia quem era o escritor, uma senhora ao meu lado comentou:
- Será que ainda vai ter palestra?
- O escritor ainda não chegou!
- A senhora já viu ele? -perguntou a senhora dirigindo-se a mim.
E eu respondi a ela que ele já havia chegado. Ela ficou quieta e calou-se.
Ele (o dito escritor) ao adentrar a sala, foi recebido pela moça que o aguardava e estava organizando o ambiente juntamente com o rapaz do som e imagem.
Foi quando comecei a escutar uma conversa que jamais imaginei que iria ouvir. O escritor começou a reclamar que não tinha “ninguém” para recebê-lo. Questionou a ausência do gerente da loja e que ele (o escritor) não iria falar pra um punhado de “gatos pingados”.
Disse pra moça:
- Minha filha, você sabe quem eu sou?
- Você sabe pra quantas pessoas eu já falei?
- Eu já viajei pra a Europa, Estados Unidos, o mundo quase todo.
E repetiu - “não vou perder meu tempo aqui”.
Nossa! Foi um babado fortíssimo, fiquei arrasada e passada com toda aquela cena. Tem mais, ele não falou baixo e nem teve critérios de ética. Quando o celular dele tocou e ele atendeu falou com a pessoa e disse que estava em tal lugar pra fazer uma palestra, mas que ele não ia perder tempo com “sete gatos pingados”. E falando aborrecido disse: - Vou embora!
E foi! Saiu e não disse nada. Não se despediu, nem deu uma explicação para nós, “sete gatos pingados”, mas que estavam ali pra conhecê-lo, aprender e quem saber tornar seu seguidor nas leituras. Eu fiquei ruim. Sabe quando teu mundo vem abaixo. Pois é, foi assim pra mim. Veja bem, eu não estou super valorizando o escritor e subestimado a nós, que ali se encontravam e esperávamos passar uma boa tarde.
Afinal, não tínhamos culpa de nada e sofremos aquela humilhação e desprezo.
Bom, todos foram embora. As outras pessoas (que eram pessoas de mais idade, senhores e senhoras) não disseram nada houve só comentários entre eles.
Eu saí da loja triste e com um gosto amargo no estômago (fiquei enojada). Desci o primeiro lance das escadas, mas minha cabeça fervilhava, eu não achava aquilo certo alguém tinha que saber do ocorrido e fazer algo. Voltei à loja e peguei uns papéis para registrar o fato.
Enquanto eu registrava o gerente da loja apareceu e conversou comigo. Eu desabafei e pedi que a loja tivesse mais cuidado com os eventos promovidos por ela. Ele desculpou-se e falou que deixasse a queixa registra na caixa de sugestão da loja. Eu deixei.
Lição que tive com isso, DE PERTO NINGUÉM É NORMAL.
Eu sei que o escritor é SER HUMANO como qualquer um de nós, só que ele que se diz uma pessoa viajada e que já falou pra CENTENAS E CENTENAS de pessoas, teria que ser uma pessoa equilibrada e ética. Em minha opinião quem fala pra mil, fala pra cem, fala até pra “SETE GATOS PINGADOS” e seria respeitoso com eles. Foi o que faltou. Respeito.

Texto de Francisca Uchôa Souza


"SER FELIZ"

Ser feliz é maravilhoso!
É como ter um balão dentro de ti.
E o balão está cheio de ar quente tu ficas mais leve e quase a voar.
Às vezes podes ser feliz quando estás só.
Quando a Primavera chega de repente e tu navegas no primeiro barco à vela do ano.
Ou quando caem os primeiros flocos de neve do inverno.
E tocam docemente a tua cara molhada.
Quando começas a pensar em alguém que gosta de ti.
Ou quando um amigo defende o que tu disseste ou fizeste.
Às vezes sente-se feliz juntamente com os outros.
Quando estiveste longe e houve alguém que esteve à tua espera.
Ou quando uma pessoa diz um segredo que só nós sabemos.
Quando sentado quieto junto de outra pessoa compreendes como ambos são amigos.
És feliz, quando consegues finalmente fazer alguma coisa que devias fazer mas não ousavas.
Mas ficarás mas feliz do que nunca quando tornares feliz outra pessoa.
Quando visitares alguém que está sozinho e tiveres tempo para ficar lá muito tempo.
Ou fizeres alguma coisa por alguém que foi duramente magoado.
Então o balão sobe redondo de alegria e voa até tocar as mãos de Deus.

###Não sei de quem é o texto(?)

Postado e foto de Francisca Uchôa Souza 

domingo, 30 de janeiro de 2011

"FELICIDADE"

Felicidade não é verão.
Mas é um dia de sol radioso depois de um longo tempo de chuva.
Felicidade não é conquista.
Mas é dares o melhor de ti próprio em cada coisa que fizeres.
Felicidade não é êxito permanente.
Mas é conseguires fazer aquilo que julgavas não seres capaz.
Felicidade não é ter tudo.
Mas é saber querer alguma coisa.
Felicidade não é bravura.
Mas é a coragem de fazeres o que sentes que tens de fazer.
Felicidade não é a glória.
Mas é teres alguém junto de ti quando te sentes só e desanimado.
Felicidade não é aquilo que já realizaste.
Mas o que tens para realizar.
Felicidade é teres confiança em ti próprio e sentires pelos outros o mesmo que sentes por ti.

Postado e arte de Francisca Uchôa Souza

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Ponte às escuras.

Outro dia passando pela Ponte de Ferro da Sete de Setembro,percebi que a mesma encontra-se quase  totalmente no escuro. Fiquei pasma. Como pode uma coisa dessa acontecer? Pelo que eu sei  foi gasto uma boa quantia para a iluminação daquela ponte.Teve até mãos de pessoas de fora que ganhou muito bem para que ela ficasse linda e muito bem iluminada.
Agora parece que nada aconteceu ali.Quando digo nada é no sentido de reforma e uma linda e bela festa que fizeram para todo aquele complexo e nele estava incluído a Ponte.
Ainda lembro do dia da festa era só alegria e felicidade, estive lá e vi bem de perto quando aquela luzes se acenderam, foi lindo. Eu que cresci vendo aquela ponte sempre quase no esquecimento, estava feliz por ver que agora seria deferente.
Que nada, pelo que vejo, o descaso é o mesmo.Não sei quem roubou as lâmpadas ou quem permitiu que isso acontecesse, quem é o responsável pela manutenção e proteção da Ponte. Só sei quem pagou e vai continuar pagando pelo zelo ou falta dele, somos Nós!
Vamos lá, qual o Poder Público vai consertar e mostrar que nossa cidade não pode ser mais Negligenciada com sua história de ontem, hoje e amanhã.Que as luzes voltem à brilhar!
Quando voltará ser linda assim novamente?

##Quando escrevi sobre este assunto a Ponte da Sete estava quase às escuras e hoje dia 11de setembro de 20014 a coisa está pior, agora não tem mais nenhuma lâmpada da época da inauguração e a marginalidade no espaço é grande perigoso. até quando?


 Texto e foto de Francisca Uchôa Souza