quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

SONHEI!

SONHEI!

A hora, era tarde, não vi e nem estava interessada em saber.

Só sabia porque estava acordada, sem sono, vagando em meu quarto.

Os pensamentos viam, iam, paravam se instalavam e sumiam de repente.

Confusa, não entendia por que não conseguia fixar um pensamento se quer.

Rodopiava em volta da cama, a luz do abajur fria, fraca, quase apagada.

Tava lá, dizendo: - anda, deixa de ser boba, vem deitar, que eu te cubro e te faço dormir e sonhar. Sonhando com "ele" e em seus braços sei que você vai amar.

Eu fechava os olhos, mantinha-os assim por um bom tempo na esperança de quando abri-los você estaria lá.

Não! Não! Não estava! E eu como um pião continuava a rodopiar.

Houve um momento, um instante, parei...

A penumbra do quarto, o frio do ar, o silêncio da noite, a cama vazia, meu corpo tremulo, a sensação do medo, da solidão, do vazio...

Tudo, tudo, era você que ali estava.

Meus olhos encheram-se de lágrimas, sentei na beira da cama, passei a mão no espaço vazio e senti tua presença, fria, nítida, ali, deitei e procurei repousar meu corpo suavemente para que você não despertasse.

Fechei os olhos e lentamente fui absorvendo teu corpo vazio, tua imagem cheia dentro do meu coração, assim dormi.

Sonhei, em meu sonho encontrei você, que vinha ao meu encontro e esticado os braços me recebia com um grande beijo e um confortável aconchego em seu peito. Sonhei!

Texto e foto de Francisca Uchôa Souza

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