sexta-feira, 15 de maio de 2009

HOJE


Hoje senti tua falta,

hoje senti saudades,

hoje meu coração perguntou por ti.

Não soube o quê responder.

Não sabia o quê dizer.

Cadê você? O quê fazes?

Onde estais? Com quem?

Ouvi silêncio, como resposta.

Fiquei quieta.

O silêncio gritava em meus ouvidos,

no meu coração.

Fiquei quieta.

Queria que você ouvisse,

os gritos do meu coração.

Hoje senti tua falta...

Mas do que nunca,

hoje sei que TE AMO.

Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza.




quinta-feira, 14 de maio de 2009

Amizade


A amizade, é como um presente.

É bom receber.

Mas melhor ainda,

quando é dado com sinceridade.

Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza.

Criança Hello Kitty


A criança que existe,
dentro de nós.
Mesmo quando crescemos,
e "ela" continua pequena,
amando Hello Kitty.

Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza.
Foto de Francisca Uchôa Souza.

Hello Kitty - criança


Quando se Ama.


Quando se ama,

sem limites,

sem esperanças,

sem condições.

Mas se ama.

Assim é o amor,

de Pucca,

o seu,

de alguém.
Assim também é o meu.

Escrito e postado por Francisca por Uchôa Souza.


A ÚLTIMA CARTA.


Cara Sra. Hermann,

Como a senhora pode ver, estive novamente em sua biblioteca

e destruí um de seus livros. É que eu estava com tanta raiva

e tanto medo, que quis matar as palavras.

Eu a roubei e agora destruí sua propriedade. Desculpe-me.

Para me castigar, acho que vou parar de vir aqui.

Ou será que isso é mesmo castigo?

Adoro este lugar e o odeio, porque ele é cheio de palavras.

A senhora tem sido minha amiga, embora eu

a tenha magoado, embora eu tenha sido ignominiosa *

(palavra que consultei no seu dicionário),

e acho que agora vou deixá-la em paz.

Sinto muito por tudo. Obrigada, mais uma vez.

Liesel Meminger



### Trecho do livro: a menina que roubava livros. Pág.452 * Ignominiosa - Que traz ou envolve ignomínia; infame.



Ps:. Terminei de ler esse maravilhoso livro. Posso dizer de coração que sentirei saudade de Liesel, a menina que roubava livros.

Quanto a morte, não sentirei saudade pois sei que ela vive todos os dias na minha vida e de tantos outros que um dia vai ter que encará-la de uma forma ou de outra. Quanto a mim, quando esse dia chegar, quero que minha alma possa recebê-la indo ao seu encontro de pé.

Texto de Francisca Uchôa Souza.





CORAÇÃO DE CÍRCULO.


Provavelmente, é lícito dizer que, em todos os anos do império de Hitler, nenhuma pessoa pôde servir ao Führer com tanta lealdade quanto eu. O ser humano não tem um coração como o meu. O coração humano é uma linha, ao passo que o meu é um círculo, e tenho a capacidade interminável de estar no lugar certo na hora certa. A consequência disso é que estou sempre achando seres humanos no que eles têm de melhor e de pior. Vejo sua feiúra e sua beleza, e me pergunto como uma coisa pode ser as duas. Mas eles têm uma coisa que eu invejo. Que mais não seja, os humanos têm o bom senso de morrer.

### Trecho do livro: a menina que roubava livros.Pág. 426
Postado por Francisca Uchôa Souza.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Artesanato Indígena.


Ruy Silva é um dos caboclos que se deram bem em Manaus. Cinegrafista, viajava para fazer um curso no "sudeste"(no eixo Rio de Janeiro - São Paulo). No avião, um paulista puxa conversa.
- Então, você é de Manaus?
- Sim, sou.
- E é verdade que lá tem muito índio?
- Sim, tem sim - respondeu Ruy, enfastiado.
- Então, vocês devem ter muito artesanato, também...
- Sim... Lá a gente tem muito artesanato. Inclusive, lá na sua casa deve ter alguma coisa de artesanato indígena que a gente faz em Manaus.
- Sério? Não acredito. Não tem nada de artesanato lá.
- Você não tem TV,DVD,Computador?
- Tenho sim.
- Então...O que vocês chamam de tecnologia, a gente chama de artesanato. Tudo isso aí é feito pelos "índios"de Manaus.

Postado por Francisca Uchôa Souza.

Lembranças da Cachoeirinha.


Nasci e me criei na Cachoeirinha. Falar da Cachoeirinha é um imenso prazer e uma grande alegria poder relembrar várias coisas que ali vivi. Nasci na Rua Manicoré perto da Igreja de Santa Rita de Cássia. Meu registro de nascimento diz que a hora era 12:00hs e segundo minha mãe que já é falecida, o sino da igreja estava tocando no momento.Que bom!
Morei na Manicoré até os meus 6 anos de idade. Dali tenho algumas lembranças:
Lembro que a casa era circundada de uma planta chamada "croto verde", minha mãe criava galinhas, patos, porcos no quintal. Dentro de casa sempre fui envolvida com animais como; cachorros, gatos, papagaios, curicas e periquitos.Todo mundo se entendi, minha mãe usava uma boa política de bem viver, (segredo).
Assim vivi ali, até que nos mudamos para a rua Itacoatiara canto com a Borba, ruas que também fazem parte da Cachoeirinha. Nossa! Ali vivi os melhores anos da minha infância e adolescência e começo da vida adulta.Morar naquele prédio, (era como chamavamos a construção de um terréo e um piso)foi os anos Dourados de toda a minha família.
Amava e amo até hoje aquele lugar (apesar de estar todo transformado).
Lembro do tempo que às máquinas começaram asfaltar as ruas e colocar os tubos de água. A gente fazia a festa, (eu e meus amigos). Entravamos nos tubos à noite escondidos dos pais e imos saindo do outro lado da rua, pura aventura. Sem medo, coisas de crianças.
Estudei todo o meu Primário no Grupo Escolar Carvalho Leal, assim era chamado naquela época. Estudei também Particular na Escola da Dona Maria Rosa, como também no Ruy Araújo. A história dessa professora magnífica (Maria Rosa), tem que ser contada em outra Postagem, o que posso dizer no momento é que ela foi maravilhosa na minha vida de criança e não só me ajudou a Ler e Escrever mais me ensinou a ter imaginação e criar o que eu quisesse com as palavras.
Bom, na casa escola de Dona Maria (hoje estar a Igreja Universal, na rua Itacoatiara) eu estudava e brincava muito, o quintal era imenso (um mundo à parte), tinha muitos pés de frutas.
Ali aprendi a subir em pé de árvore e, não olhar para baixo.Comia as frutas sentada em baixo das árvores ou escolhia um bom galho grosso e lá se deliciava.Saudades! Morando ali, fiz amigo e brinquei com todos eles de: Roda pião, Canga Pé, Futebol de Botão (feito de caroço de tucumã, era cortado e lixado no asfalto), a bola era feita de rolha e os goleiros eram caixas de fósfero prenchida com barro ou chumbo), nem a "Estrela" poderia fazer brinquedo melhor.Brincavamos de Roda, Manja, Caiboy, Cemitério, Macaca, Trenzinho (envolvido com corda feitas de salsa), íamos pegar Piaba na beira dos Igarapés (que as águas eram cristalinas).
Brincávamos de Papagaios (pipas) e Curicas (é feita de folha de papel sem armadura de talha) até futebol joguei, sempre fui a goleira. Bolinha de Gude e também de Pincha (tampinhas de refrigerante a ponteira era cheia de barro). Quando não podia sair ou porque estava de castigo gostava de ficar ditada na sacada do quarto e ficava formando imagens nas nuvens que passavam no céu. Outras vezes quando chovia eu sentava em uma mesa grande que minha mãe tinha na sala de jantar junto à janela e de lá ficava vendo a chuva cair numa grande massa verde que apontava no horizonte em direção ao bairro próximo (o bairro seria a Raiz). Ali eu imaginava que fosse outro mundo outra cidade. Gostava também de ver as gotas de águas que caiam dos fios de eletricidade que passavam bem próximo ao grande janelão no qual eu estava a viajar.
Passeei muito de Velocípede naquelas calçadas do Prédio, meu Velocípede era verde e todo enfeitado nas rodas e volante. Cai muito quando fui brincar de carrinho de rolimã e de bicicleta.
Meu pai tinha um grande comércio no térreo e era sortido de tudo. Adorava ajudá-lo arrumar as prateleiras do comércio, eram latas e latas.
Dia de Domingo quando não ia para os Banhos ia para o Cinema sessão 12:45 do Cine Ipyranga, eram duas sessões. Muitos já mocinhos iam para ficar passeando dentro do Cine e assim "paquerar", fiz isso também, mas eu gostava mesmo era de ver os belos filmes que passavam, filmes como os de: Tarzan, Hércules Sansão e Dalila, Ulisses, Maciste, Um dólar furado, Pinóquio, Branca de Neve e os 7 Anões, Pedro e o Lobo e tantos outros.
No Cine Ipyranga assisti vários shows e alguns programas de auditório.
Tudo isso na Cachoeirinha!
Morando ali aos 16 anos conheci meu primeiro namorado (Geraldo), nossa que lembranças boas.
No tempo das "brincadeiras" foi tudo de bom, a gente passava a semana toda esperando chegar sábado para fazer alguma "brincadeira"na casa de alguém. Dancei muito e muito me diverti com os amigos nas brincadeiras. Numa delas no fim do ano de 73 perdi o namorado, (ciúme bobo dele), mas até hoje lembro de todos com ternura e saudade.
Quando fomos nos mudar da Cachoeirinha fizemos uma bonita e grande festa no Salão do Prédio em que morávamos, convidamos todos os amigos, e foi uma noite inesquecível. Abril de 1974.
Essas são algumas de muitas e muitas lembranças que eu tenho da CACHOEIRINHA.
Ps:. Sempre passo perto do "Prédio que hoje virou loja, mas os "fios" dos quais citei ainda estão lá, pena que o janelão esteja coberto por uma nova construção que fizeram, e aquela menina que lá ficava debruçada, agora vive na "cidade que ela imaginava". Mas essa é outra história que um dia vou contar.
### A foto acima é do Prédio onde eu e minha família morava (hoje é a loja da TV Lar Motos)

Texto de Francisca Uchôa Souza.