quarta-feira, 6 de maio de 2009

Bairro: CACHOEIRINHA.


Eduardo Gonçalves Ribeiro (1892/1896), constatou que seria necessário aumentar a frota de bondes e reestruturar os serviços de saneamento, para que isso acontecesse seria aberta novas áreas para expandir o perímetro urbano de uma nova cidade que estava surgindo.
O novo bairro seria chamado de "Cachoeirinha".
**O nome CACHOEIRINHA, foi pelo fato da existência de uma pequena cachoeira localizada perto do prédio da Manaus Energia (hoje, Amazonas Energia). Essa cachoeira chamava-se de cachoeira da Pancada, depois ela foi dinamitada e sumiu na administração de José Francisco de Araújo (1926/1929)
Quem fez o projeto foi Antônio Joaquim de Oliveira Campos, usou uma medida de 1.574.448, assim "Cachoeirinha" foi o primeiro bairro planejado de Manaus.
Houve a necessidade de fazer uma nova ponte que ligasse ao bairro, pois a existente era de madeira. A nova ponte seria metálica para facilitar a linha de bonde. A ponte ficaria bem na entrada sul do bairro.
Em 1892 começou a construção e terminou em 1895. A ponte foi toda importada da Inglaterra. O engenheiro responsável foi Frank Hirst Hebblethwait.
A ponte hoje conhecida como Benjamin Constante, já foi chamada de: Terceira Ponte,Ponte de Ferro, Ponte da Sete.
O bairro da Cachoeirinha é conhecido por suas ruas largas,as mais conhecidas são: Carvalho Leal,Borba,Tefé,Av.Castelo Branco, Parintins, Itacoatiara, Manicoré (onde fica o T2). A av.mais movimentada e de maior fluxo de comércio é Carvalho Leal. O bairro ainda é constituído de escolas estudais dentre elas estão: Ruy Araújo,Balbina Mestrinho,Carvalho Leal,Euclides da Cunha outras particulares: Silvia Guerra, Dessana, Anchieta. Ainda existe a Faculdade de Medicina, Enfermagem e Odontologia, (UEA).
Há na Cachoeirinha um fluxo muito grande do comércio trazendo desenvolvimento para o local.
No bairro existe também igrejas e templos religiosos: Igreja Santa Rita, Santa Cecília, Pobre Diabo, Igreja Universal, Igreja Batista da Cachoeirinha e os Centros espirítas: O Bom Samaritano,Rebanho e Os mensageiros.
Os Bancos: Bradesco e Itaú. Maternidade Ana Nery, (hoje conhecida como Balbina Mestrinho). Existe também a Fundação Alfredo da Mata, Pam da Cachoeirinha, P.S.A, P.S da Criança, Hospital Adriano Jorge, H.G.M (Hospital Militar), Policlínica Odontológica ligada a U.E.A.Mais o Hospital Santo Alberto. Supermercado D.B e o Mercadinho da Cachoeirinha (Walter Rayol). Uma feira que é montada todas às sexta-feira para funcionar no Sábado,na J.Carlos Antony. Isso tudo, mais lojas de electro domésticos, motos e muito mais. Foi na Cachoeirinha que surgiu o Boi Corre-Campo, a Ciranda do Binha, a Escola de Samba Andanças de Ciganos, a Ciranda Força Jovem. O Cine Ipyranga que na época de 50, 60, 70 e até meados de 80, fez parte da maioria dos adulto que ali moravam e viveram momentos grandiosos neste Cine que tanto servia passar grandes filmes como também para shows e grandes eventos. Era localizado na antiga praça dos Rodoviários ao lado do Prédio que hoje é parte da U.E.A. Hoje a Cachoeirinha é um grande bairro da Zona Sul, tornou-se um bairro de comercial em plena pujança e sua população é de 18.706 (Censo de 2007).
Texto de Francisca Uchôa Souza.

Amor de roupa nova.

Quando passo perto de ti,
sinto meu coração balançar.
Olho e não consigo te ver como estais.

Vestes roupa nova,
mas sei que não estais feliz.
Quem fez isso contigo?
Não sei?!Respondes calada.

Eu bem sei,quem isso fez,
nada no entanto posso fazer.

Às vezes te olho e sorrio,
pois sei que de uma forma ou de outra,
tu ainda estais aqui,
pra lembrar o quanto um dia fomos feliz.





Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Uma breve lembrança de......



...Um homem de CORAÇÃO E RAZÃO.

Já se passaram vários anos,até já estamos em um novo milênio. Mas todas às vezes que sua vida é pesquisada ou simplesmente lida,quem o faz fica encantado com tanta coragem e audácia. Pois assim era Joaquim Gonçalves de Araújo ou J.G. Araújo como ficou conhecido e na história.
J.G. Araújo, pelo que sei foi um homem extraordinário, visionário, à frente do seu tempo. Era daquelas pessoas que a gente sente orgulho, vontade de ter conhecido pessoalmente, ter participado de sua vida de sua história.
Não era amazonense, nem brasileiro (era português), mas creio que se sentia da "terra". Chegou aqui ainda criança, aos 11 anos de idade e com uma enorme vontade de lutar e vencer.
Além de ter sido um homem de negócios,um grande empresário que construiu 2 milhões de dólares em duas décadas difíceis no começo do século passado, foi também uma pessoa de grande coração. Via seus auxiliares não só como funcionários, mais também como pessoas que necessitavam de proteção e por isso sempre os agraciava com casa própria.
Não ficou parado no tempo esperando que os fatos acontecessem, fez os fatos acontecerem. Era diversificador, até em situações impossíveis.
Quando em Manaus, morava na Praça São Sebastião (hoje Largo), sua casa (que por sinal era alugada, pois assim ele não deixaria de ajudar a proprietária que era viúva), hoje essa casa é Liceu de Ofícios. Vivia com simplicidade e gostava muito de ir a pé até seu escritório que ficava na rua Marechal Deodoro.
Trabalhou muito e muito contribuiu para o Amazonas. Era sonhador, mas tudo que fazia tinha os pés no chão. Vivia intensamente o presente, acreditando sempre que o amanhã seria melhor.
Dentro de seus atributos tinha espaço, (e era necessário), afinal sua responsabilidade era grande. Não se sabe se foi persistência, a audácia, o talento, a teimosia, a predestinação ou simplesmente a coragem de que alguém teria que fazer.
A certeza que se tem é que ele foi e sempre será lembrado como o maior empresário do Amazonas, até hoje.
Às vezes penso se um dia surgirá um outro J.G. Araújo, se essa pessoa teria as mesmas condições de escrever uma história contando novos fatos para uma nova cidade, uma nova época.
Aquele homem magnífico, genial, construtor de um império e que a vida e o mundo moderno não permitiram que outras gerações participassem de suas glórias, estar lá, no passado.
Manaus hoje segue em frente com sua economia em plena fase de expansão, suas lutas, seus sonhos e suas vitórias.Mas sem a grandiosidade de um homem que um dia sonhou, lutou, realizou e fez HISTÓRIA.

Texto de Francisca Uchôa Souza.