segunda-feira, 4 de maio de 2009

Uma breve lembrança de......



...Um homem de CORAÇÃO E RAZÃO.

Já se passaram vários anos,até já estamos em um novo milênio. Mas todas às vezes que sua vida é pesquisada ou simplesmente lida,quem o faz fica encantado com tanta coragem e audácia. Pois assim era Joaquim Gonçalves de Araújo ou J.G. Araújo como ficou conhecido e na história.
J.G. Araújo, pelo que sei foi um homem extraordinário, visionário, à frente do seu tempo. Era daquelas pessoas que a gente sente orgulho, vontade de ter conhecido pessoalmente, ter participado de sua vida de sua história.
Não era amazonense, nem brasileiro (era português), mas creio que se sentia da "terra". Chegou aqui ainda criança, aos 11 anos de idade e com uma enorme vontade de lutar e vencer.
Além de ter sido um homem de negócios,um grande empresário que construiu 2 milhões de dólares em duas décadas difíceis no começo do século passado, foi também uma pessoa de grande coração. Via seus auxiliares não só como funcionários, mais também como pessoas que necessitavam de proteção e por isso sempre os agraciava com casa própria.
Não ficou parado no tempo esperando que os fatos acontecessem, fez os fatos acontecerem. Era diversificador, até em situações impossíveis.
Quando em Manaus, morava na Praça São Sebastião (hoje Largo), sua casa (que por sinal era alugada, pois assim ele não deixaria de ajudar a proprietária que era viúva), hoje essa casa é Liceu de Ofícios. Vivia com simplicidade e gostava muito de ir a pé até seu escritório que ficava na rua Marechal Deodoro.
Trabalhou muito e muito contribuiu para o Amazonas. Era sonhador, mas tudo que fazia tinha os pés no chão. Vivia intensamente o presente, acreditando sempre que o amanhã seria melhor.
Dentro de seus atributos tinha espaço, (e era necessário), afinal sua responsabilidade era grande. Não se sabe se foi persistência, a audácia, o talento, a teimosia, a predestinação ou simplesmente a coragem de que alguém teria que fazer.
A certeza que se tem é que ele foi e sempre será lembrado como o maior empresário do Amazonas, até hoje.
Às vezes penso se um dia surgirá um outro J.G. Araújo, se essa pessoa teria as mesmas condições de escrever uma história contando novos fatos para uma nova cidade, uma nova época.
Aquele homem magnífico, genial, construtor de um império e que a vida e o mundo moderno não permitiram que outras gerações participassem de suas glórias, estar lá, no passado.
Manaus hoje segue em frente com sua economia em plena fase de expansão, suas lutas, seus sonhos e suas vitórias.Mas sem a grandiosidade de um homem que um dia sonhou, lutou, realizou e fez HISTÓRIA.

Texto de Francisca Uchôa Souza.

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