quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Hino de Manaus - Parabéns Manaus!


Hino de Manaus – Letra de Thaumaturgo Sotero. Música de Nicolino Milano

Dentre a pompa e real maravilha

 Desses belos e grandes painéis,

 Toda em luz, como um sol surge e brilha.

 A cidade dos nobres Barés

 Grande e livre, radiante e formosa.

 Tem o voo das águias reais

 E eu subir, a subir majestosa.

 Já nem vê suas outras rivais.

 Quem não luta não vence, que a luta.

 Pelo bem é que faz triunfar!

 Reparai: o clarim já se escuta!

 É a fama que vem nos saudar!

 Aos pequenos e aos bons, entre flores,

 Agasalha e se esquece dos maus,

 Ninguém sofre tormentos e dores.

 Nesta terra dos nobres Manaós.

 Todo o povo é feliz, diz a História,

 Quando se vê entre gozos sem fim,

 O progresso passar junto à glória

 Em seu belo e dourado cochim!

# Hoje Manaus faz 344 anos, mesmo com todos os problemas que ela tem desde saúde, planejamento urbano, saneamento básico, educação, água, luz... Neste dia é bom a gente comemorar um pouco pra desafogar um pouco dos problemas. Manaus de ontem, Manaus de hoje e Manaus do futuro, todas estão pulsando nos corações daqueles que amam e respeitam esta cidade na forma que ela é. Devemos lutar pra que ela melhore, aqui ela a todos recebe e acolhe sem reclamar.
Parabéns Manaus, menina linda dos olhos negros e tez morena.

Postado e #texto de Francisca Uchôa Souza.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Pescador de Ilusão - Por Klyssiane Uchôa Souza


Sala de Aula | Por Klyssiane Uchôa (Pedagoga Social do Instituto Ler Para Crescer Amazônia)
Projeto: Pescador de ilusões – o conto de um menino sonhador
Introdução:
O projeto cultural da Expedição Barco parte de uma ideia de uma viagem de total sintonia com a natureza, com a proposta do zero lixo e do aproveitamento do material reciclável desde a construção do barco que eles usam, até a realização das atividades com as crianças. Sendo assim percebemos que seria muito importante para nossas crianças a participação nessas atividades.
O Instituto Ler Para Crescer é um instituto que tem como foco a criança e o adolescente, ser em desenvolvimento, e não se conforma com situações de exclusão, abandono e carência. Existimos para incentivar as crianças e os adolescentes a serem protagonistas de sua própria história, por meio de várias formas de ler o mundo: livros, teatro, arte, música.
Já a Expedição Barco Iris é uma espécie de teatro-escola flutuante, itinerante e multicultural a bordo de uma missão motivadora de sonhos sustentáveis que zarpou dos pés das montanhas dos Andes, no Equador, com destino ao Oceano Atlântico. Desde fevereiro de 2012, Barco Iris realiza obras de teatro e projeções de cinemas reflexivos, origina conferencias e oficinas nas áreas da sustentabilidade e reciclagem e difunde o conceito “zero lixo” (do consumo ao descarte), promovendo intercâmbios que integrem o conhecimento ancestral frente à problemática do mau uso dos desperdícios em comunidades da ribeira dos rios por onde navega. A junção desses dois trabalhos só deu coisa boa.
Justificativa:
Ao pensar em Amazônia, caboclo ribeirinho e preservação do meio ambiente, acreditasse que tudo isso está bem casado e que somos completamente engajados nessa ideia de preservar e reciclar para melhorar. Mas não é bem assim. Nas nossas escolas como em qualquer outra do país muito se fala em reciclagem, aproveitamento do lixo e melhores condições de vida para os morados de bairros periféricos, mas falar é uma coisa e ensinar a fazer é outra. Foi pensando nessa possibilidade de aprender a se fazer reciclagem que envolvemos nossas crianças do Ler para Crescer no projeto de ReciclArte do Barco Iris para que elas vissem que é possível de verdade reciclar e viver melhor.
Objetivo geral:
Estimular a utilização de material reciclável em favor do meio ambiente e da comunidade em que a criança esta inserida, proporcionando assim qualidade de vida e renda.
Objetivos específicos:
             Entender a importância da preservação da natureza;
             Sensibilizar as crianças para essa importância para que elas possam ser multiplicadoras dessa ideia;
             Estimular o senso critico das crianças quanto ao que se deve fazer com o lixo que se descarta;
             Ensinar técnicas de reciclagem e aproveitamento de lixo;
             Desenvolver habilidades de leitura do mundo e do seu ambiente de vivencia, através de estímulos visuais, auditivos e sensoriais;
Como surgiu o Projeto?
As crianças que o Instituto atende são crianças de bairros periféricos da cidade de Manaus. Nossa cidade é toda cortada por igarapés e é no entorno desses igarapés que essas crianças vivem. Não há saneamento básico, o lixo que se acumula nos igarapés é jogado pela população que sofre por sua ignorância. Na época das cheias sofrem com as alagações e na época da vazante com as doenças e o mau cheiro.
Sempre fizemos atividades de conscientização para a preservação do meio ambiente com passeatas, distribuição de panfletos informativos nas comunidades, mas uma experiência de como se recicla ainda não havia acontecido. Dessa forma, programamos as atividades para coincidir com a vinda da expedição do Barco Iris que traria todo esse projeto diferenciado e envolvente.
O que aprendemos?
Em todas as atividades propostas para as crianças tentamos sempre sensibiliza-las quanto ao seu papel de cidadão. Cidadão esse que é responsável pela sua cidade, seu bairro, sua comunidade e tudo que está em volta.
Dessa forma, cada um deles ia aos poucos percebendo que mesmo eles sendo criança, poderiam de alguma forma colaborar para transformar o lugar onde moram em um lugar saudável de se viver, que para isso bastavam espalhar essa ideia para as outras pessoas mostrando que eles são capazes de mudar sua realidade em conjunto.
Todos aprenderam que é possível e fácil transformar lixo em arte, em vida em sustentabilidade.
Desenvolvimento:
No Instituto atendemos crianças e jovens. Em conjunto com os educadores sociais decidimos que iriamos nessa primeira oportunidade trabalhar somente com as crianças de 06 a 12 anos, assim, dividiram as atividades entre três grupos. Cada grupo faria uma atividade distinta, mas todas tinham o mesmo objetivo central.
As atividades tinham dois ambientes distintos onde iriam ocorrer: uma visita ao barco da Expedição Barco Iris e uma tarde cultural nas escadarias do Teatro Amazonas
O primeiro e o segundo grupo participou da atividade de visita ao barco da Expedição Barco Iris. Foi uma grande surpresa para eles, pois até então não havíamos dito que iriamos fazer essa visita. Já no barco um integrante do grupo da Expedição nos recepcionou e ele deu inicio contando sobre o barco e como ele foi construído e como funcionava. Em seguida os dois grupos foram reunidos para ouvirem a contação de uma história. Essa atividade foi muito interessante, pois a história contada foi criada a partir de relatos das crianças ribeirinhas por onde o Barco Iris já havia passado. A estória "Pescador de Ilusões" fala sobre João Pedro, um menino sonhador que idealiza pescar um castelo encantado para viver no mundo da ilusão. Para que isso aconteça, João Pedro recebe a ajuda de seres fantásticos que vivem na floresta amazônica. Os amigos imaginários de João Pedro ganham vida e despertam a consciência do menino para a preservação da natureza.
Com um toque mágico, o lixo passa a virar material reciclado e, com ele, João Pedro e seus amigos são capazes de construir seu tão sonhado castelo encantado e, ao mesmo tempo, ajudam a limpar as ruas e os rios da cidade de Manaus. E descobrem a verdadeira riqueza que existe na amizade e no cuidado com a Natureza.
O interessante é que todos os personagens que iam aparecendo na estória foram feitos a partir de lixo reciclado que depois da estória foi explicada para as crianças os materiais utilizados e como cada personagem foi feito. Após essa explicação, as crianças foram estimuladas a fazerem relatos orais do que entenderam da estória, se ela tinha relação com sua vida e o que elas poderiam fazer a partir dessa experiência. A como ultima atividade no barco todos fizeram desenhos sobre sua experiência na vista ao Barco Iris. Esses desenhos seriam expostos posteriormente no dia da apresentação da Tarde Cultural.
O Terceiro grupo participou da atividade Tarde Cultural na escadaria do Teatro Amazonas. Essa atividade estava dividida em: apresentação de marionetes e malabares, oficinas e jogos infanto-juvenis feitos com a técnica da reciclARTE; a exibição de desenhos feitos pelas crianças que visitaram o barco, leitura de crônicas, poemas e textos sócio-culturaisambientais, e um open mic (microfone aberto) para debater a sustentabilidade através da arte em Manaus.
Esse dia foi bem agradável, todos estavam bem envolvidos e com muitas ideias para expor e colocar em prática.
Resultados obtidos:
Percebemos que com essa atividade prática fortalecemos o vinculo das crianças com a natureza que o cerca fazendo com que eles se apropriassem dela de forma que eles passassem a ser o guardião dessa natureza compartilhando com todos de sua casa, comunidade e amigos essa ideia de que precisamos preservar o meio ambiente e não só preservar, mas fazer reaproveitamento de tudo para construir algo novo e melhor.
Conclusão:
Esse projeto deu mais forma e forma para tudo que sempre fizemos com as crianças, a conscientização da limpeza urbana e preservação do meio ambiente como pratica de melhoria de vida e bem estar para todos da comunidade. Observamos até hoje que com esse projeto pratico as crianças ficaram marcadas por essa experiência vivida no Barco Iris, por um sonho de mundo melhor. Um tempo depois da atividade um educador social relatou que uma das crianças havia feito o seguinte comentário: “Os adultos não sonham mais e precisam da ajuda das crianças, mas os adultos do Barco Iris vendem sonhos.” Isso nos mostra que estamos no caminho certo do proposito do Instituto e que ainda podemos acreditar que nossas crianças se tornaram adultos melhores e mais conscientes.
#Reportagem tirada da Revista Páginas Abertas - Editora Paulus - Ano 38 . n 56. 2013 . págs.34 e 35
Postado e fotos de Francisca Uchôa Souza


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Amazonas - Um olhar quase cabloco.


 Amazonas - um olhar quase caboclo – Pedro Falabella

Tá sendo realizado no Centro Cultural Palácio da Justiça a Exposição Amazonas - Um olhar quase caboclo do artista Pedro Falabella. Nestas obras o artista que gosta de pintar em suas horas de descanso - o que faz com amor e prazer, retrata a vida cotidiana dos ribeirinhos, o artista aproveita tudo o que pode, usa também de imaginação para criar. Valoriza a natureza e o homem em contato com ela. O artista retrata a própria vivência em meio a natureza para por em seus quadros suas experiências. São rios, lagos, igapós e vilas do Amazonas. Como um conhecedor do meio natural, ele não perde um só detalhe da natureza em si. O caboclo, os rios, seus costumes, as palafitas a beiras dos rios, suas cores são fortes como forte é as passagens retratando um viver natural e sentido.
Pedro Falabella tem um encanto particular ao pintar o Amazonas, além das inspirações ele se identifica bastante. É a representação do homem com meio que vive e viveu.
A exposição é realizada de segunda a sexta das 13h às 17h e no Domingo de 17h às 21h – entrada franca.
Escrito, postado e fotos de Francisca Uchôa Souza.





 

 

 

 

 

Reino dos Personagens - Exposição


Um universo de personagens japoneses
A Exposição “ Reino dos Personagens que fala sobre a cultura japonesa de um mundo de personagens . A Exposição está sendo realizada no Palácio da Justiça situado na Av. Eduardo Ribeiro em frente ao Teatro Amazonas e vai até hoje (22 de outubro). Estive domingo visitando a Exposição e pude constatar o quanto de valor cultural e social-econômico tem este universo tanto no país deles como de vários outros que absorveram seus conceitos na modalidade personagens, sejam eles em forma de desenhos “mangá” ou desenhos animados e toda uma desenvoltura que a partir do desenho mangá surgiram depois, como já foi citado os desenhos animados.
São décadas de 50 a 90 até chegar ao novo milênio. A cultura atravessou o mundo saindo do oriente até ao ocidente. Quem nunca ficou encantado quando menino e teve a oportunidade de ver um episodio do famoso e tão conhecido Astro Boy? Tão famoso que em 2009 chegou às telonas para quem não teve oportunidade de conhecê-lo nos anos 50.
Não se pode negar ou deixar de reparar em tanto sucesso, pois de uma forma ou de outro os personagens invadiram vidas desde crianças, até adultos, mesmo que não fosse à forma consumista pessoal, mas comprando para filhos, netos... Os filmes dos Rangers e seus bonecos nos anos 70 deixaram uma geração apaixonada. A Hello Kitty então foi uma sensação entre as meninas, pois conseguiu tanto sucesso que saiu dos limites do Japão. Era fofa, linda e engraçada e ainda é.
O Japão além de lançar seus personagens ainda desenvolvia uma cultura a caráter de cada um deles. E o país aproveitou, a economia aumentou e alguns incidentes ocorreram, mas sem macular o sucesso dos personagens. Os anos 80 chegaram trazendo uma nova fase, os games invadiram as casas, a Nintendo lançou o Family Computer, Mário Brothers tornou-se o maior amigo das garotadas daquela época.
Já nos anos 90 houve uma reviravolta na economia mundial, alguns países sofreram com a “bolha econômica” e o Japão sentiu de perto a dor e perdas com terremoto e ataque com gás ao metrô de Tóquio. Mudanças ocorreram e comportamentos sócias também e os personagens foram também afetados. O uso do vídeo games aumentou e desta vez a coqueluche do momento era o Super Famicom e Play Station. Tomagotchi da Bandai foi o bichinho de estimação da época, toda criança queria um para cuidar, se não alimentasse o bichinho ele morria. Houve várias mortes e várias novas compras.
O século vinte chegou e com ele veio na cultura japonesa a maior criação, Pokémon. Apesar de ele já ter nascido em 1996, mas só em 2000 foi que se firmou como desenho animado, filme e outras criações. Depois houve um amadurecimento do mercado, mas mesmo assim os aparecimentos de personagens continuaram e o sucesso também.
É de fato e real o valor cultural que esses personagens representam na vida de todo uma sociedade especialmente na dos japoneses. Ela está liga a criança de berço, passando pelos adolescentes, invade até a vida dos adultos e chega às dos idosos. No quarto, nas salas das casas, nos escritórios e nas escolas em forma de bolsas, cadernos...
Os japonese crescem e se familiarizam com os personagens, pois eles influenciam na vida de uma forma geral, aprendem a fazer amizades e desenvolver instintos básicos, como lutar e colecionar. Crianças crescem e com elas crescem também a cultura de personagens.
Atualmente a continuidade de novos personagens é presente, pois há uma necessidade para isso, personagens com novas ideologias e pegam gosto e popularidade. Novos conceitos como; “yawarakasa” (que quer dizer “leveza” ou “flexibilidade”) e “yurusa” (“indulgência” ou “abertura”). O Flash, um software que cria imagens em movimento na internet é o responsável por esta evolução. Destas produções surgiram com sucesso: Destas Yawaraka Tank e Eagle Talon. No campo da CG (computação gráfica) genuíno, The World of Golden Eggs a expressão é “leve” e “relaxado”. Já Hikonyan e Sentokun (conhecidos como “yurukyara”) já tem um público receptivo. Foram criados fora dos padrões comerciais e tradicionais, mas possuem seus poderes e encantos conquistando inúmeros fãs. E assim caminha a cultura japonesa voltada para os personagens que não só povoam os sonhos e desejos deles, mas de todos, pois é universal.
#Texto baseado nos da exposição.
Escrito, postado e fotos de Francisca Uchôa Souza.





 

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Mercadão - um presente para todos.


Mercadão – um presente para todos.
No dia 15 passado estive dando uma olhada nos últimos retoques da reforma do Mercado Adolpho Lisboa. Era uma tarde de muito sol, muito quente, mas percebi que havia algumas pessoas que ali estavam como eu, com muita expectativa em relação aquele complexo de construção que conta não só uma história de passado glorioso como também conta um fim de uma história, que durou quase uma década, de lutas, derrotas, choros, alegrias, sonhos, perdas e agora ganhos, desde que o Mercadão (assim ficou conhecido e registrado por seus frequentadores) foi fechado para uma reforma que passou por dois governos municipais os quais não resolveram os problemas que ali apareceram do calçamento ao telhado. Já agora nesta nova gestão com um prefeito que tem outra visão e racionalização o Mercadão saiu dos entulhos e ressurge como uma nova esperança para todos e para a cidade.
Estamos às vésperas do aniversário de Manaus, que completa 344 anos, dos quais mais de um século o Mercado Adolpho Lisboa faz parte. A cidade parece que está mais na expectativa deste evento do que mesmo o aniversário da cidade que sempre é comemorado com muito afinco.
Vi reportagens, li, ouvi, e tive oportunidade de sentir de perto a comoção dos permissionários que ali trabalham, são pessoas com histórias singulares, são gerações e filhos de gerações que agora sentem no corpo e na alma o momento crucial, final, chegando ao seu ápice. Está bonito, maravilhoso, é uma obra impar, seus pavilhões, seus portões, seus vitrais, e até um novo relógio que substitui o antigo que ninguém sabe que fim levou, até um pavilhão histórico será mantido para contar a história do ataque de 1910 - marcas dos tiros foram conservadas. Uma arquitetura do passado marcando um novo tempo.
Segundo a imprensa local anuncia que o mercadão será inaugurado dia 23 de outubro e no dia 24, dia do aniversário da cidade é entregue a cidade. Diga-se de passagem, que é um grande presente para todos que tanto esperam, para ali trabalharem, fazerem compras de produtos regionais até suvenir, consumir iguarias locais e encontrar pessoas queridas para um bom papo perto do nosso grande Rio Negro. Assim será completada uma etapa, uma fase, de uma época que foi finalizada com vitórias.
Escrito, postado e fotos de Francisca Uchôa Souza.