quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Busca


Busca
A saudade não podia ficar mais guardada.
Agora transbordava em lágrimas.
A vontade de gritar seu nome para todos ouvirem era imensa.
Mas não podia.
E como não podia, seu grito era dirigido para o seu peito, era o suporte que recebia toda a dor, ardia, queimava e por fim dilacerava seu coração que em constante sofrer rompia-se culminando com suas lágrimas, era o auge do desespero.
Onde estar você?
Por que se fechou e deixou o vazio aterrorizando a alma de quem te procura?
A busca é melancólica e solitária, vez por outra o abismo se abre e a vontade de se jogar é imensa, mas a vontade de te ver e querer te dizer “amo você” vence o desespero.
O tempo é cruel e matemático, segundos, minutos, horas, um dia, dois... E o tempo vai passando, contando. Cadê você?
Tua imagem sorrindo, feliz, sério, acompanha sem saber essa odisseia.
Algumas vezes tua imagem dissipa-se no espaço entre um arfar do peito e o piscar dos olhos em um momento que lágrimas insistem em rolar.
A alma em desalento busca novamente te encontrar, vascular é o proposito que ela tem, pois precisa saber onde estás.
O cansaço vem e com ele o sono finalmente chega a alma já vencida sente a esperança de em seus sonhos te encontrar.
É hora de paz, a viagem começa tudo é nebuloso, a alma vai alcançando o espaço e entre tantos obstáculos te encontra a sorrir. Finalmente podendo dizer “Amo você!”.

Texto de Francisca Uchôa Souza