sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Sem fios, cabos e camelôs.

       
Sem fogos e festejos (sem pão e circo), a Biblioteca foi novamente reaberta e finalmente entregue ao público amazonense. O prédio estar bonito e bastante atualizado, uma mistura de passado com o presente na expectativa de seguir sempre para o futuro.

Uma reforma que valoriza muito sua história e a qualifica mais para a atualidade e as necessidades de uma vida moderna e contemporânea.
Valorizando e eternizando personalidades importantes de nossa vida cultural a Biblioteca nomeia e fundaliza espaços com nomes de peso.
Uma breve discrição do novo espaço, mas garanto que o bom mesmo é fazer uma visitação sentir de perto todo aquele valor cultural e educacional.
O Hall de entrada - além da bela escada em granito não polido, há o piso em ladrilho hidráulico policromado, tudo em conservados e originais. Vi algo muito prático e bom uma máquina que contém livros de vários autores e valores, basta escolher, colocar as cédulas e pronto! Você tem em mãos um livro! Também vi uma caixa em acrílico lá pode ser depositados a doações de livros e revistas. Neste espaço e feito um cadastramento e assim é permitido o uso do espaço, guardando bolsas, pacotes, sacolas, mochilas em armários com chave ficando em poder do dono do guardado.
A Administração - fica no subsolo no lado da Av. Sete de Setembro, administrando e coordenando todos os Acervos e Serviços.
Ala Direita / Norte - Subsolo - estar disposto, Escritório de Direitos Autorais e o Escritório do Depósito Legal.
PISO TÉRREO
 #Thalia Phedra Borges dos Santos - que mesmo não sendo amazonense prestou serviços aqui como o de Professora na rede pública e mereceu méritos, o Salão da Ala Direita/ Norte da Biblioteca recebe seu nome.
#Genesino Braga - outro que mesmo não sendo filho da terra, amou, respeitou trabalhou e valorizou a terra que o acolheu, deixando marcas na nossa história (sendo inclusive diretor da Biblioteca Pública do Estado). Merece mais do que nunca uma bela e rica homenagem tendo seu nome marcado na Ala Esquerda do Salão/Sul.
ANDAR SUPERIOR
Neste andar o que mais se destaca antes de chegar aos salões, já a escadaria é a obra de Aurélio Figueiredo, sob o título de Redempcão do Amazonas, com uma bela moldura e que também passou agora por uma restauração.
Sempre amei e admirei esse quadro, acredito que talvez tenha sido um dos primeiro que eu vi em minha vida e assim passei a gostar de pinturas e sonhar às vezes de nelas estar.
O quadro representa à Abolição escravatura negra no Amazonas.
#Lourenço Pessoa - foi professor na antiga Província Amazonas, atuou na Escola Normal, foi abolicionista, marcando sua vida em todos os movimentos libertadores de sua época, o mesmo fazendo na Província do Ceará. Neste espaço ocorreu o incêndio, que destruiu o acervo da Biblioteca e parte da edificação.
Hoje recebe homenagem na Ala Direita/ Norte.
#Maria Luiza de Magalhães Cordeiro - Mais do que justo esta homenagem, reconhecimento e valorização a esta mulher que tanto fez e trabalhou pela história da Biblioteca. Estudou, formou, trabalhou, diplomou e divulgou, sendo a primeira mulher a exercer o cargo de Diretora em uma Biblioteca. Hoje estar eternizada para lembrar, força, vontade, dedicação, não importando época e situações, seja qual for o sexo. Ala Esquerda/Sul.
Fiz uma breve visita, mas voltarei outras vezes para lembrar meus tempos de estudante, enriquecer, conhecer, aprender e viver um novo tempo ali meio ao que eu amo, leitura.
Assim estar a Biblioteca, aberta, livre acesso para aqueles que ali vão à busca de pesquisas, estudos, entretenimento, conhecimento. Conhecimento este que faz o homem adquirir valores e enriquecê-los cada vez mais. Conhecimento que faz nos diferenciar dos outros animais e através dele aprendemos nos humanizar muito mais. Alguém um dia falou "CONHECIMENTO É PODER".
PS: Algo a mais me chamou atenção, desta vez foi fora da Biblioteca, foi em seu entorno; as calçadas estavam livres de vendedores ambulantes, os chamados Camelôs. Tanto a calçada da frente da Biblioteca (Rua Barroso) como também a calçadas da Sete de Setembro e da Henrique Martins. Fiquei feliz e maravilhada, boba, dei duas voltas na calçada toda, só para ter a certeza que não estava sonhando. Senti uma pequena rajada de vento no rosto e a sensação de liberdade, tive vontade de cantar uma música que já escutei, referindo à cidade de São Paulo (que amo) claro seria uma analogia, assim: "É tão livre andar, nas calçadas de Manaus..." Claro que não fiz isso, até porque a liberdade estar limitada espero breve erguer os braços, pular e ver minha cidade linda como no meu tempo de jovem adolescente que sonhava e crescia com ela.
Olhei para o alto e vi que na frente do prédio da Biblioteca também não tinha mais fios, cabos, amarraras.A felicidade foi completa, voltei com gosto de esperanças de um novo mundo para todos.
Escrito e fotos de Francisca Uchôa Souza.













      

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