segunda-feira, 24 de junho de 2013

A desordem


 A desordem
Hoje acordei assim, com medo, apreensiva, e sem saber o que fazer com esta dor que insiste em dilacerar o meu peito aos pouquinhos. Mas medo de quê? Meu Deus! Não sei! Apenas, sinto medo. Talvez do nada, do vazio, que me ronda, me espreita, e me questiona.
Às vezes, é difícil eu compreender a razão dos meus porquês, dos meus questionamentos, até mesmo o sentido dos meus sentimentos sobre mim, sobre você. Você, você, sempre você!
Desde que resolvi enclausurar você em um quarto escuro e vazio, fiquei assim. Taí. A razão dos meus medos. Mas não tenho pena de você, sozinho, ali no escuro, longe de mim.
Eu aqui também estou sozinha, livre, mas sem você. E penso. Vale a pena? Não sei! Só o tempo pode responder, por enquanto apenas continuo perdida, sinto uma dor que devagarzinho todos os dias dilacera meu coração e doí.
Você mesmo preso na escuridão continua sendo uma sombra que insiste em me amedrontar, me calar e com tudo isso a desordem se instala em mim, no meu dia a dia fazendo eu muitas vezes não saber o que quero, e pensar que tudo estar perdido, sem sentido. A desordem!
Vejo tantas coisas. Coisas boas, interessantes, mas, muitas delas são absurdas. E você no meio. Passa o dia, chega à noite, e eu sentindo esse absurdo de não poder gritar falar, tenho que ficar muda, quieta, passiva diante da desordem que hoje resolveu me acordar e dizer:
“Hoje vamos passar o dia juntas. Quero ver o que você vai fazer!"
Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza - Foto e pintura de Francisca Uchôa Souza

Desordem




    


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