quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Sou visceral!


Sou visceral!

Não tenho sangue frio, sangue de barata como muitos dizem por aí.

Sou sangue quente, como de um leão, de um tigre ou de uma onça, não importa, sou visceral.

Quando amo, sou assim, sinto no corpo na alma, vou fundo, bem profundo, me jogo.

E quando decido me despojar por este amor não tiro só as roupas. Tiro tudo, arranco o couro, a pele como dizem, camada por camada, chego à carne, sangro, delírio...

Dilacero a alma se preciso, arrebato, me entrego, sou profunda e vicio.

Vivo o que é preciso, e o amor é exigente, cobra, denuncia, escandaliza e desliza.

Sou visceral!                    

Não sei ser esperada, vou antes do tempo, não me importo com regras. Pra quê isso no amor? 

O tempo passa e não perdoa o amor não envelhece a gente sabe, mas nossos corpos sim, e o que eu podia ontem fazer hoje talvez não, por isso tenho que ser visceral, sem demoras, sem longas.

Grito, choro, questiono, não quero saber de danos consequentes e sim de resultados urgentes eloquentes passionais para uma vida que arrebata emoções presentes.

Sou visceral!

Saudades, não deixo entrar em minha vida, vou a busca do ausente e o torno presente, como palpável a luz do dia ou em sonhos de noites turbulentas e sangrentas, porque sou visceral, arranco o que encontro pela frente em busca do objetivo, do motivo vivente.

Não permito exigências, regras, porque o tempo passa, voa, e nesse ínterim a vida vai junto arrastando o que vi, senti ou o que deixei por negligencia ou ausência de momentos perdidos. Por isso aprendi mesmo contra o gosto, mas que hoje valorizo, a ser visceral, arrebentando o corpo a alma, não importa, o que vale é ser sangue quente e amar por inteiro uma paixão mesmo que em torrentes.

Sou visceral!
Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza



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