sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Havia um amor, havia uma dor.


Havia um amor, havia uma dor.

Eram recíprocos os sentimentos.

Mas no meio de tudo, havia também medo.

Havia lembranças, havia esperanças.

Ambos se questionavam e brigavam...

Não viam a razão e o coração.

Havia um amor, havia uma dor.

O tempo passava e a vida seguia.

Era lógico o amor, era lógica a dor.

E até lógico era o medo.

Havia um amor, havia uma dor.

A vida interviu. O perigo aconteceu.

O monstro, o pavor, apareceu.

E nas andanças dos acontecimentos tudo explodiu.

Havia um amor, havia uma dor.

No ápice da solidão, ambos se viram.

À distância, as magoas, tudo, tudo invadiu os corações.

Noites e horas de lembranças, saudades e esperanças.

Um gritou o outro não pode ouvir.

Muito não pode ser feito e ambos quase sucumbiram.

Havia um amor, havia uma dor.

Houve lutas pessoais, sentimentais.

Lutas defensivas, sobrevivências.

Todas coerentes e os dois sabiam por quê.

As lembranças, as feridas, as dúvidas, os medos...

Tudo, tudo explodiu e sangrou, quase os matou.

Abatidos, feridos de morte, quase tudo terminou.

Sangrando e feridos nas almas e no corpos,

Os dois reuniram o que sobrou e neste momento,

Viram novamente o amor que derrotando o medo,

O vazio, o inimigo, a eles se juntou.

Havia um amor, havia uma dor.

Não! não havia mais dor.

Apenas o amor, que nunca os deixou.

Escrito e postado por Francisca Uchôa Souza.

Gravura e foto de Francisca Uchôa Souza.
















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